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Arruda e ACM planejaram violação, diz Regina Célia

A ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges confirmou ontem, em depoimento na Comissão de Ética do Senado, que entregou a lista dos votos da sessão secreta da cassação de Luiz Estevão (PMDB-DF) a um assessor do senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), então líder do governo, a pedido de Arruda. Regina prometeu apresentar a quebra do sigilo de todos os seus telefones.
Ela reafirmou ter sido Arruda o mentor da violação do painel. Segundo ela, Arruda disse que o pedido era uma ordem do então presidente do Congresso, senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). Regina lembrou que assim que começaram a vazar as informações sobre a violação, Arruda teria dito que ela se mantivesse calada “até sob tortura”.
“Cumpri ordens”.
A ex-diretora assumiu toda a responsabilidade por ter quebrado o sigilo do painel eletrônico para produzir a lista de votação da cassação do ex-senador Luiz Estevão, na sessão de 28 de junho. Ela disse que cumpriu ordens e que agora não tem saída, a não ser contar toda a verdade, mesmo que isso prejudique dois senadores. “Lamento o que está acontecendo, mas não posso dizer que não cumpri ordens, que achava bonitinho violar o painel. Daria tudo para ter uma saída, mesmo que dependesse do meu sacrifício pessoal”. “Tive a sensação de que iria ficar sozinha na história”, relatou. Ela disse que o assessor do senador Arruda, Domingos Lamoglia, adiantou que o senador iria desmentir toda a história.
O disquete com o resultado da votação, segundo Regina, foi apagado na hora que o conteúdo foi impresso. A ex-diretora do Prodasen garantiu ainda que não houve mudança dos votos. “Nem com uma metralhadora na minha cabeça eu aceitaria mudar os votos, mudar a vida de uma pessoa.”Fonte Linha Aberta

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