Crônicas

Vulgata pensares jornalísticos de Ascendino Leite (primeira parte)

Ascendino Leite, jornalista e paraibano

Vivo do que sobra,

Como resto mortal.

Não sofro, nem gemo,

Suporto: os pesos

Reais do meu valor

 

Sempre caindo

Para baixo: uma nova

Forma de viver: sem

Convulsão; o pé

voltado para a estrada,

pronto: como morto.

No fim sereno da des…

…dita, vivida por viver

 

A cidade amanheceu hoje, como que possuída por um

pesado torpor. Como uma pessoa fatigada.

Acabo descobrindo: são os grandes condomínios que a

cansam. Desde a Praia do Poço ao Jardim Marítimo
do Atlântico Sul.

 

-Thomas Mann: “se eu tiver uma casa espaçosa e confortável, na qual
me sinta verdadeiramente em casa, realmente não faz
diferença para
mim onde ela fica” (Escrito em fins de 1953, antevendo um deslocamento
com a família na própria Europa, recém saída da guerra)

**********************************************

Vem. O campo está aberto e livre

para nele a flor florir.

Como, no teu corpo, minhas mãos

tocando e tímidos se espalhem

meus dedos por teus delicados

traços, amando.

-Ah, que belo. Com a Pepita, vamos ao vinho, nas bodas de Caná:
ou por aqui mesmo, onde ainda há virgens, casamentos, etc. Nosso
Senhor miraculoso, o mais doce e generoso provedor de felicidade,
cada vez mais santo, mais Deus.

Oh, Mercês. Valeu! Assim vigiem os assédios!

Deixe um comentário