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A humilhação que mata

A humilhação que mata

Gilberto da Silva 

capalivroAssédio Moral (Le harcèlement moral)
A violência perversa no cotidiano
Marie-France Hirigoyen
224 páginas
Tradução Maria Helena Kühner

Podemos destruir alguém apenas com palavras e olhares subentendidos? Sim. A isto damos o nome de violência perversa ou assédio moral. De forma a analisar passo a passo como essa violência insidiosa se processa por palavras, gestos, ações ou omissões, a autora levanta também um alerta contra toda tentativa de banalização da violência. O assédio moral pode provocar a morte da vítima.

Assédio Moral – A violência perversa no cotidiano descreve detalhadamente o processo que se instaura e se desenvolve nos mais diversos grupos e locais: na relação casal ou interpessoal, as formas pelas quais um vai enredando, desestabilizando o outro e assumindo o domínio e o controle; na família, onde com um “é para o seu bem”, crianças vão sendo anuladas e despossuídas de tudo que é mais vivo e vital; nas empresas, públicas ou privadas, em que o chamado assédio sexual, hoje tão enfocado na mídia, é apenas uma das formas pelas quais um empregado é tornado joguete de mecanismos perversos que a cinicamente rotulada “flexibilização” do trabalho exacerbou e o fantasma do desemprego hoje alimenta. Imagine um conflito não resolvido ou mal solucionado que leva a uma série de rivalidades, de lutas de influência ou de interesses, de busca de poder, etc.

Podemos classificar o assédio moral como um fenômeno tão antigo quanto o próprio trabalho, mas é somente no início desta década que ele é identificado como verdadeiramente um fenômeno destrutivo ao ambiente de trabalho, assim o descreve a autora:

“O assédio nasce como algo inofensivo e propaga-se insidiosamente. Em um primeiro momento, as pessoas envolvidas não querem mostra-se ofendidas e levam na brincadeira desavenças e maus-tratos. Em seguida esse ataques vão se multiplicando e a vítima é seguidamente acuada, posta em situação de inferioridade, submetida a manobras hostis e degradantes durante um período maio.” (pág 66)

A obra em questão interessa aos que trabalham na área da psicologia, médicos do trabalho, dirigentes, em qualquer nível, das empresas, ao profissional que trabalha em qualquer setor de relações humanas no trabalho e na família, a todo aquele que se interessa por ver extinto em nossa sociedade tudo que hoje a violenta e desumaniza. Interessa a quem quer um ambiente de trabalho mais humano, livre de discriminação, saudável e produtivo.

A AUTORA

Marie-France Hirigoyen é psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta de família. Sua formação em vitimologia, na França e nos Estados Unidos, levou-a a realizar pesquisas sobre assédio moral. Participa, além disso, dos estágios de formação abertos a médicos do trabalho, bem como a quadros executivos de empresas públicas e privadas.

Seu livro já vendeu mais de 100 mil exemplares na França e foi lançado em setembro de 1998.

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