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Livro mostra a vida do brasileiro que foi o maior astro do bangue-bangue à italiana

 

 

Matrix Editora lança a saga de Anthony Steffen

 

 

Muita gente talvez não saiba quem foi o ator Anthony Steffen. Mas basta olhar uma das incontáveis cenas protagonizadas por ele, para ver um rosto muito familiar. Mais surpresas ainda ficariam essas mesmas pessoas ao saber que aquele ator era um brasileiro, e seu nome verdadeiro era Antonio de Teffé, ídolo do cinema europeu, muito requisitado em diversos western spaghetti, como o gênero ficou conhecido lá fora, ou como o nosso bangue-bangue à italiana.

As cópias exibidas na TV, entre as décadas de 1960 e começo de 1980, normalmente eram feias e desbotadas, além de pessimamente dubladas em português, mas possuíam uma característica marcante: as perseguições a cavalo, tiros, bandidos despencando de telhados e os lendários duelos dos caubóis. Tudo com uma trilha sonora inconfundível.

Mas o que fazia um brasileiro no papel de caubói na Itália?

Essa pergunta é respondida em “Anthony Steffen – A saga do brasileiro que se tornou astro do bangue-bangue à italiana” (Matrix Editora, 144 páginas), que está chegando às livrarias.

Durante aproximadamente um ano, os autores Daniel Camargo, Fábio Vellozo e Rodrigo Pereira fizeram diversas entrevistas com o ator, recolhendo histórias do homem que, entre outras coisas, conquistou o estrelato na Europa, conheceu os mestres do cinema italiano, seduziu mulheres belíssimas e militou por mais de trinta anos nas trincheiras do cinema popular italiano.

O trabalho de pesquisa se estendeu também na localização de filmes, livros e artigos, além de entrevistas com atores, atrizes e diretores em sete países além do Brasil.

O western spaghetti é hoje um gênero esquecido por muitos. Mas os 64 filmes de Anthony Steffen sobreviveram ao tempo e têm hoje status de cult na Alemanha, nos Estados Unidos e no Japão, com apaixonados que trazem na memória os vários heróis vividos por Steffen, como Django, Sabata, Ringo e Garringo, entre outros.

Steffen morreu longe dos holofotes, no Rio de Janeiro, em junho de 2004, vítima da mesma doença que tirou a vida de John Wayne, o caubói norte-americano por excelência.

Diversas fotos e cartazes de dezenas de filmes em que Anthony atuou também fazem parte da obra. Um livro para quem viveu na época de ouro do cinema western ou para quem quer entrar no mundo desse famoso caubói vingador brasileiro.

 

Trecho:

Quando os produtores começaram a procurar atores parecidos com Clint Eastwood, lá estava ele. Profissional com dez anos de carreira, lutava boxe, conhecia armas de fogo e sabia cavalgar. Arrumou um chapéu de couro, tirou fotos travestido de caubói e peregrinou pelos escritórios dos agentes romanos, imitando o protagonista de Por um punhado de dólares. “Era fácil, bastava ficar parado”, diria décadas depois. Steffen tinha 1,90 metro, porte atlético, rosto de galã, fisionomia austera, cabelo castanho-claro e olhos azuis. Deixando de lado a vaidade, recorria às técnicas de maquiagem aprendidas nos tempos de teatro para simular a face marcada pelo sol escaldante e a barba por fazer. Aos 35 anos, parecia uma década mais velho.

 

Sobre os autores:

Daniel Camargo é cineasta e atualmente dirige e escreve programas para a WTN (Web Television Network – www.wtn.com.br)

Fábio Vellozo é formado em Engenharia Química, trabalha na Petrobrás e dedica suas horas vagas à pesquisa do cinema italiano.

Rodrigo Pereira é jornalista e mestre em Comunicação e Poéticas Visuais.

 

Anthony Steffen – A Saga do brasileiro que se tornou astro do bangue-bangue à italiana – 144 páginas

Autores: Daniel Camargo, Fábio Vellozo e Rodrigo Pereira

Lançamento Matrix Editora – Preço: R$ 25,90

 

 

 

Outras informações

Matrix Editora: Carol ou Paulo

11 3873-2062 / 9104-4471

ou pelo e-mail imprensa@matrixeditora.com.br

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