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Alternativa na demissão de executivos!

 

 

 

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Alternativa na demissão de executivos!

Por Laerte Cordeiro

            

Nestes últimos tempos, a demissão de executivos das empresas vai se tornando fato corriqueiro no mercado, complicado por não haver oferta de vagas capaz de rapidamente absorver os profissionais que perdem seus empregos.

 

Algumas empresas mostram preocupação com os destinos dos seus demitidos, outras nem tanto. Em alguns casos falta a preocupação, noutros faltam recursos financeiros para proporcionar condições de saída mais favoráveis.

 

Em verdade, vejamos quais as alternativas disponíveis para as empresas demissoras, com relação aos seus executivos demitidos:

 

1.                         Não fazer nada de especial: “Passe no caixa”- É o velho “Passe no Caixa”, cumprindo-se apenas a responsabilidade trabalhista legal da Empresa para com o seu demitido. Ocorre a rescisão, sem adição de qualquer beneficio extra, na saída.

 

2.            “Passe no caixa II” – Versão modificada do modelo anterior, dando-se em alguns casos um aviso prévio pago em valores ampliados (p.ex.: 3 meses de salários) ou a manutenção do convênio médico por alguns meses até arrumar um novo emprego, ou ainda mais alguns benefícios adicionais. Não há qualquer preocupação manifesta, com relação à recolocação do demitido.

 

3.            Apoiar a recolocação via recursos humanos – É quando a empresa demissora, além de praticar o “Passe no Caixa II”, procura ajudar o seu executivo demitido a se recolocar no mercado, através de esforços diretos do seu próprio Departamento de Recursos Humanos. Embora tal procedimento possa funcionar razoavelmente para funcionários/operários, não apresenta grande sucesso com relação à recolocação de executivos. Em geral é difícil convencer outras empresas de que o profissional que não deu certo em nossa organização será bom para elas. Além do que, a maioria dos executivos não se agrada muito da hipótese de ser ajudado pela área de Recursos Humanos que negociou e providenciou sua saída.

 

  1. Apóia recolocação via concessão de beneficio financeiro extra – Vez por outra a empresa demissora se propõe a ajudar a recolocação do seu executivo demitido dando-lhe um verba extraordinária para que o mesmo procure uma consultoria de recolocação e compre, como pessoa física, os serviços de orientação e apoio especializado de que necessita. Este procedimento tem o inconveniente, para a empresa, de que o dinheiro dado nem sempre é aplicado na aquisição daquele serviço e muitas vezes vai para o consumo do demitido. O dinheiro some mais depressa do que se imagina. De repente não tem mais o dinheiro, nem o novo emprego. Observe-se que em muitos casos, o demitido volta à empresa para pedir nova ajuda.

 

  1. Apoiar a recolocação com serviços especializados contratados pela empresa demissora – É o que se chama de “OUTPLACEMENT”. A empresa demissora contrata ela mesma uma consultoria especializada na Orientação e Apoio para Recolocação de Executivos e inclui tal beneficio no “pacote” de saída do executivo. Arca com toda a despesa e permite ao seu demitido escolher a empresa que lhe prestará os serviços, encaminhando-o para consultorias reputadas. Acompanha o desenrolar do projeto de recolocação e apóia o processo onde for o caso. É importante lembrar que o executivo demitido que tem o “Outplacement” como beneficio de saída, recebe implicitamente uma recomendação da empresa demissora, subentendendo-se que a mesma nada tem contra o seu ex-profissional, o que é importante para as empresas que por ele possam se interessar.

 

Benefícios para as empresas:

 

Os benefícios da adoção da política de “Outplacement” para os  executivos a serem eventualmente demitidos são importantes para a empresa demissora. Senão vejamos:

 

  •  Demonstra, objetivamente, aos seus executivos sua preocupação com sua responsabilidade social.

 

  •  Assegura a manutenção de um bom relacionamento com o executivo demitido.

 

  •  Resolve, com menos dor, conseqüências de decisões gerenciais equivocadas do passado.

 

  •  Cria condições para efetuar mudanças internas, sem maior desumanidade, ao final.

 

  •  Desenvolve/mantém uma imagem positiva como empregadora no mercado.

 

  •  Prestigia antiguidade, lealdade e dedicação histórica na hora de uma eventual separação.

 

  • Não deixa ao desamparo o executivo demitido – muitas vezes despreparado para recolocar-se no mercado de trabalho – e quase sempre inicialmente fragilizado psicologicamente.

 

As empresas mais atualizadas e modernas, que percebem sua responsabilidade social, principalmente junto ao seu contingente de recursos humanos, já estão hoje adotando a política do “Outplacement” para seus executivos. Embora aumentando gastos, os benefícios diretos e indiretos para essas empresas e para os seus executivos, mais do que justificam tal investimento.

 

 

Sobre Laerte Cordeiro

Laerte Leite Cordeiro é consultor Sênior de Hunting, Outplacement e Coaching da Laerte Cordeiro Consultoria. Atua como consultor profissional na Área Geral de Recursos Humanos em São Paulo, em projetos de contratação de executivos, outplacement, coaching e planejamento e desenvolvimento organizacional, contribuindo com seus conhecimentos técnicos, experiência profissional especializada e network de relacionamento. Tem carreira universitária desenvolvida durante 15 anos como professor “full-time” da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas e no Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos. É mestre em Administração pela Michigan State University, dos Estados Unidos, Economista pela Faculdade de Economia S.Luís, São Paulo e conta com especialização em Management e Recursos Humanos nas Universidades de Harvard e Stanford, nos Estados Unidos.

 

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