Amazônia Amazônia Povos Indígenas

Identidades e Territorialidades em Transformação na Amazônia Brasileira

Foto: Acervo Comin

Genivaldo Frois Scaramuzza1

 

publicado em 20/07/2009
http://www.partes.com.br/socioambiental/amazoniaeidentidade.asp

Genivaldo Frois Scaramuzza – Professor da Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Pedagogo, Especialista em Supervisão, Orientação e Gestão Escolar. Possui Mestrado em Geografia. Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Educação na Amazônia – GPEA. scaramuzza1@gmail.com

Resumo: a proposta deste texto implica na comunicação de resultados sobre pesquisas que vem sendo realizados na Amazônia, especificamente do Estado de Rondônia – Brasil. O estudo foi desenvolvido entre a etnia indígena Gavião que habita a Terra Indígena Igarapé Lourdes e buscou compreender as relações entre as formas de vida tradicional com as características territoriais de suas aldeias, abordando também os impactos da sociedade não indígena no âmbito deste grupo étnico.

Palavras – chave: Amazônia, Lugar, Identidade, Povos Indígenas.

Considerações iniciais

Este texto se desenvolve a partir dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito da população indígenas Gavião do Estado de Rondônia – Brasil. Tal proposta de estudo, embasou a produção de uma dissertação de mestrado em Geografia na Universidade Federal de Rondônia. A pesquisa buscou compreender de que forma existe uma provável transformação nos territórios pertencentes à etnia Gavião, como também nas práticas da vida cotidiana desse grupo.

O processo de desenvolvimento em que veio passando a Amazônia nas últimas décadas buscou aliar o imenso espaço territorial identificado como fronteira de recurso as prerrogativas de uma possível viabilidade econômica da região, (BECKER, 1982, 1990); (MACHADO, 1990); (COY, 1995). Diante disso a Amazônia passou a fazer parte dos grandes projetos desenvolvimentistas aliando as estratégias de crescimento aos processos de colonização e avanço sobre o território.

No âmbito do processo de colonização situa-se o grupo étnico Gavião que habita a Terra Indígena Igarapé Lourdes, com extensão geográfica de 185.534 ha. Com uma população de aproximadamente 589 pessoas os indígenas Gavião ainda possui grande parte de sua cultura primitiva. Além de manterem a língua tradicional – Tupi Mondé, conservam práticas tradicionais como, festas locais, curas espirituais, confecção de instrumentos de caça e ornamentais, bem como, a organização política – pajés e caciques.

No sentido de compreendermos as problemáticas enfrentadas pelos indígenas da etnia Gavião, produzimos os seguintes questionamentos: quais foram às possíveis alterações identitárias que este grupo étnico adquiriu ou estão adquirindo com a nova configuração do lugar? Qual a relação entre o lugar e a construção da identidade desse grupo étnico? Qual a proximidade entre as propostas de políticas públicas desenvolvidas junto a esta etnia com as características locais bem como identitárias? Como os indígenas Gavião reagem ao processo de descaracterização do lugar a qual habitam provocado pelo contato com a sociedade nacional?

As primeiras problemáticas enfrentadas pelos indígenas Gavião

O enfrentamento dos primeiros conflitos envolvendo o grupo indígena Gavião e a sociedade não indígena se deram durante os primeiros momentos de contato. Alguns relatórios produzidos durante as décadas de setenta e oitenta pela FUNAI – Fundação Nacional do Índio ofereceram suporte para a compreensão desse processo. De acordo com Paula (2008), os Gavião,

são originários do noroeste do Mato Grosso onde ocupavam a região do rio Branco. Pertencente ao tronco linguístico Tupi família Mondé. Atacados por outros grupos e por fazendeiros em seus territórios de origem se transferiram para a área vizinha ocupada pelo povo Arara, instalaram-se na região da Serra da Providência, acabando por perder seu território original. (p.30).

O povo indígena Ikólóéhj – Gavião, assim como outras etnias indígenas que integram o Estado de Rondônia não ficaram de fora dos impactos, bem como das diversas formas de contato com os “brancos”. De acordo com relatórios2 produzidos durante a década de setenta, sabia-se que “no tempo da segunda guerra mundial havia quatro malocas Gavião, todas nos Igarapé próximo ao rio branco”. Informações dessa natureza evidenciam que já na década de quarenta o grupo étnico Gavião era conhecido e começavam a intensificar o contato com os não índios.

O provável contato dos Gavião com a sociedade não indígena se deram em fins da primeira metade do século XX, já que “na década de quarenta os Arara e Urubu mantinham encontros intermitentes com seringueiros e colonos estabelecidos na região. Os gavião fizeram seus primeiros contato através destes grupos” (idem, 1983, p.82). Para o autor as intensificações do contato se iniciaram na década de quarenta, tendo em vista de que já neste período se estabeleciam na região as missões protestantes coordenados pela New tribes, bem como o início das intensificações de ações do extinto Serviço de Proteção ao índio (SPI). De acordo com Felzke (2007) “segundo depoimento do cacique Gavião Sebirop, o que despertou nos Gavião o interesse pelos brancos foram às marcas diferentes encontradas na mata e que seriam de facões” (p. 15). Diante disso, a autora argumenta que os interesses em saber que marcas eram aquelas se deram porque os cortes feitos com facões na floresta produziam não apenas uma textura diferente nas árvores, como também, criava a sensação de desconhecimento por parte dos indígenas, tendo em vista que os Gavião não conheciam instrumentos feitos a partir de metais. Durante nossa pesquisa de campo, foi possível comprovar que os Gavião utilizavam machados de pedras e facas feitas a partir de dentes de animais, sendo assim, ao sair para a floresta os indígenas quebravam o mato nas trilhas que percorriam o que contrastava com as marcas deixadas pelos não índios.

As situações decorrentes durante os anos de contato, quase levaram a etnia indígena Gavião a total extinção, as doenças endêmicas, os conflitos agravados por invasores que adentravam os seus territórios, eram sérias problemáticas a ser enfrentados por esta população. De acordo com Leonel (1983), no início dos anos cinqüenta houve uma grande epidemia de gripe entre os índios Gavião, reduzindo-os pela metade, tal adversidade fez com que muitos indígenas fossem vacinados contra Sabin, BCG e Tríplice, situação essa que os fez resistir durante os ano de 1979 quando um surto de hepatite, pneumonia, tuberculose e coqueluche dizimaram grande parte da etnia indígena Zoró que se localizavam relativamente próximos dos territórios indígenas Gavião.

A problemática enfrentada pela sociedade indígena Gavião se deram também em função das longas extensões de invasão3 dos territórios pertencentes a esta etnia, neste sentido,

Em setembro de 1983 a equipe de avaliação do projeto especial de defesa das áreas indígenas do Polonoroeste, constatou a extensão das invasões, pode-se afirmar sem risco que um terço das áreas destinadas aos índios está ocupada por invasões de cinqüenta a sessenta mil hectares […]o início das invasões, deve-se a uma estrada que ligava a cidade de Ji-Paraná à fazenda Castanhal. Está fazenda, obteve a construção da estrada pela prefeitura de Ji-Paraná em 1975. Em 1982, Apoena Meirelles, delegado da 8° delegacia regional da FUNAI conseguiu a mudança de seu itinerário. Mais grave ainda é o roubo de madeiras, hoje uma atividade organizada e constante. (Ibidem, 1993, p.96)

O mesmo relatório da conta de que a situação de invasões da Terra Indígena Igarapé Lourdes foi ainda mais grave em 1984, quando índios Arara e Gavião se juntaram no sentido de expulsar vários invasores de suas terras. Neste mesmo ano, vários colonos foram presos e notificados para que deixassem a Terra Indígena. Diante das questões postas, os indígenas foram intensificando o contato com os não índios, sendo que, “a inserção no mundo dos brancos trouxe consigo mudanças na organização social, nos rituais tradicionais, na relação com a natureza e no sistema econômico. Assim o capitalismo expresso pelo consumismo e pela necessidade constante de ganhar dinheiro, passou a fazer parte no dia-a-dia nas aldeias” (FELZKE, 2007, p. 15). As evidências demonstradas pela autora nos autorizam afirmar que, foram e são grandes os impactos decorrentes do contato, problemática que incidem diretamente no âmbito dos territórios pertencentes a esta etnia.

Fatores e resultados preliminares do estudo

Nossa situação de pesquisador junto à sociedade indígena Gavião permitiu-nos fazer diversos questionamentos. Desde 2004 mantemos contatos regulares com este grupo étnico, o que veio nos instigando a investirmos em um estudo dessa natureza. Durante as pesquisas iniciais, fomos percebendo e anotando os diversos questionamentos feitos por moradoras e moradores indígenas, sendo que entre as preocupações mais freqüentes do grupo, situavam-se as que referiam diretamente à possibilidade de perda da cultura tradicional, bem como um manifesto sentimento de indignação para com as propostas de políticas públicas desenvolvidas no âmbito da etnia por alguns órgãos oficiais do governo.

Entre as referidas propostas governamentais, situavam-se três projetos executados nas aldeias Gavião que chamavam nossa atenção pela provocação que despertava nos indígenas dessa etnia. O primeiro projeto referia-se a transformação de grande parte das lavouras de consócio – forma tradicional de cultivo desenvolvido por esta etnia, por extensões arrojadas de monoculturas. Outro projeto, estava relacionado a implantação da piscicultura em um grande lago feito especificamente para comportar a criação de alevinos, sendo que a ideia inicial era promover um tipo de desenvolvimento em que os indígena poderiam extrair da piscicultura produtos para a comercialização. O terceiro projeto relacionava-se a criação de gados pelos indígenas, tendo em vista promover o aproveitamento das áreas degradadas pelos invasores – fazendeiros e madeireiros expulsos da terra indígenas no inicio da década de oitenta por extensões de pecuária.

São grandes os números de aldeias dessa etnia que vem sofrendo com as influências da sociedade envolvente, entre estas, localiza-se a Ikolen, onde os indígenas foram impulsionados a executarem os projetos já mencionados – gado, peixe e produzirem uma monocultura voltada para a comercialização, o que a nosso ver representa um distanciamento da realidade dessa população étnica, tendo em vista que as tradições de cultivo junto a esta comunidade, por exemplo, tem revelado que os indígenas Gavião através de seus conhecimentos milenares, produziam um tipo de plantação de consórcio em pequenas roças, afirmando que:

Os índios perceberam ao longo de suas historias pretéritas, que a fertilidade da terra na Amazônia, estava diretamente relacionada com a floresta e desenvolveu um tipo de agricultura perfeitamente integrada a mata, ou seja, estabeleceram uma relação ótima de seu habitat sob o jogo e desenvolvimento de suas culturas.

(AMARAL, 2004, p. 68)

Ao compreendermos essas preposições, é possível ser reconhecido que “as sociedades tradicionais acompanham os padrões oferecidos pela natureza e vão respondendo progressivamente aos obstáculos” (LEONEL, 1998, p. 217), o que as torna diferente da lógica capitalista cumulativa. Nesse sentido, os projetos desenvolvidos junto a essa comunidade, parecem não refletir as características desse grupo, tendo em vista que apresenta dificuldades em integrar os interesses dos órgãos governamentais com os interesses da sociedade indígena.

Segundo Silva (2001), o maior problema em estabelecer políticas de desenvolvimento em sociedades étnicas dessa natureza, está relacionada diretamente aos ideais de sociedade daqueles que produzem esses programas, quase sempre representado por ideais capitalista de produção. Nessa perspectiva esta autora enfatiza que:

A exploração e sobreposição de modelos produtivos tem sido agressivo; opinião que se amolda, hoje, as críticas da modernização da Amazônia. O manejo tradicional, forma de domínio empírico das florestas tropicais pelas populações de “ cuenca”, tem sido substituído pelo desmatamento para a formação de pastagem e para o desenvolvimento de monoculturas”

(SILVA, 2001, p.37)

Tendo em vista esta perspectiva, acreditamos haver necessidade de estudos que compreenda as características essenciais dessas populações, no sentido de que venha servir de norteares em produção de políticas para a melhor efetivação do desenvolvimento amazônico. Nessa forma de compreender, é preciso enfatizar que estes projetos devem levar em consideração as características físicas, ambientais bem como culturais e prover um desenvolvimento sustentado “através da gestão racional dos recursos. Ao invés de uma exploração destrutiva, reduzir ao máximo os efeitos ambientais negativos” (SACHS, 1986, p. 98).

Diferentemente das propostas implementadas para essa sociedade indígena, percebemos que a comunidade aspira um profundo sentimento de pertença pelo lugar a qual habitam, tal evidencia pode ser lugar adquire importância singular na vida dos seres humanos, tendo em vista de que este, (os seres humanos) “necessita de um lugar para comer, dormir, descansar, enfim, um lugar para reposição de energia e reprodução da espécie, mais do que isso se trata de lugares onde os modos de apropriação permitem a realização da vida humana e seus múltiplos sentidos” (CARLOS, 1999, p.85). Nessa perspectiva a construção desse espaço “são produtos de intervenções teleológicas, materializações de projetos elaborados por sujeitos históricos e sociais. Por trás dos padrões espaciais, estão concepções, valores, interesses, mentalidades, visões de mundo” (MORAES, 2005, p. 16).

O progresso das civilizações humanas e conseqüentemente a expansão do comércio, das ideologias e dos relacionamentos entre grupos distintos, emergiu uma nova ordem planetária, denominada de globalização. Dentro dessa nova perspectiva:

A questão do lugar assume contornos importantes, pois é em lugares determinados, específicos que este processo se concretiza. E nessa mesma medida em que ocorre este movimento de globalização que tende a homogeneizar todos os espaços, a diferenciação pelo contrário se intensifica, pois os grupos sociais, as pessoas, não reagem da mesma forma. Cada lugar vai ter marcas que permite construir sua identidade.

(CALLAI, 2000, p. 107)

A esse respeito Woodward (2000), argumenta que os discursos, bem como os sistemas de representações identitárias constroem os lugares a partir dos quais os indivíduos tomam posição, e a partir dos quais ele pode falar. Nessa discussão, este autor reconhece que, “a globalização, produz diferentes resultados em termos de identidade. A homogeneidade cultural produzida por este processo pode levar ao distanciamento da identidade relativamente a comunidade e a cultura”. (WOODWARD, 2000, p.21). Para De Certeau (1995), a identidade cultural é o lugar da afirmação pessoal, da auto-estima e do não estranhamento do mundo, dessa forma a “perda de uma identidade, está relacionada a extinção daquilo que a valida, ficando impossível encontrar uma identidade se os pontos de referencias que a tornaram possível aos pais e aos avós se apagaram ou se tornaram inoperante”( DE CERTEAU, 1995, p. 148).

Nessa mesma perspectiva, Santos (2005) afirma que as identidades locais ao sentirem-se ameaçadas, podem entrar em confronto com as características e manifestações globais. Dessa forma, “há um conflito que se agrava entre o espaço local, espaço vivido por todos os vizinhos, e o espaço global, habitado por um progresso racionalizador e um conteúdo ideológico de ordem distinta e que chega a cada lugar com objetivos e normas estabelecido para servi-los” (SANTOS, 2005, p. 143). Nesse sentido, torna-se imprescindível discutirmos acerca da manutenção das identidades culturais locais, frente ao processo de surgimento de uma cultura global, haja vista que a globalização surge “a partir de diferentes mecanismos de hibridização ou por processos de subsunção das diferentes identidades culturais próprias ao movimento de expansão da cultura homogênea” (FILHO, 2004, p. 14). Dessa forma, compreendemos que “as sociedades tradicionais de pequena escala, podem estar sendo absorvidas pela sociedade nacional envolvente, tornando-se parte do sistema regional, quando não do próprio sistema mundial” (NEVES, 1996, p. 57).

As perspectivas já mencionadas nos permitem questionarmos sobre as situações vivenciadas pela etnia indígena Gavião, sendo que impulsionados pela lógica capitalista cumulativa os vários projetos desenvolvidos vem representando um distanciamento da identidade cultural indígena. Tal evidência pode ser compreendida através dos próprios resultados dos projetos, ou seja, muitos estão sendo fadados ao fracasso e como tal, significam investimentos aleatórios, sem conhecimentos do funcionamento das preferências e das tradições desse grupo. Neste sentido, muito indígenas manifestam uma prática de vida que se distanciam das lógicas produtivas cumulativas, e como tal, não expressam interesses pelos projetos o que por sua vez são projetos frustrados pela identidade cultural indígena.

Considerações finais

Diante do que já expomos neste texto, foi possível a compreensão de que a Amazônia veio sendo tratada como um espaço de importante potencial para o desenvolvimento econômico do país, sendo que grande parte das estratégias em termos de ocupação da Amazônia, principalmente a partir da década de cinquenta do século XX, tinha como objetivo a liberação de terras para a colonização e efetivação de uma transformação territorial capaz de potencializar o aparecimento de lavouras produtivas e/ou pecuária tendo em vista promover o suposto desenvolvimento Amazônico.

Esclarecemos ainda que as propostas de ocupação – colonizações recentes da Amazônia não previram os custos ambientais, bem como as diversas ocupações do território já existentes pelas populações indígenas, sendo que foram neste período que desencadeou uma série de conflitos entre indígenas e não indígenas pela posse de terras, como as situações dos indígenas Gavião.

Diante disso, ficam evidentes que as problemáticas vivenciadas por esta etnia, são produtos das novas lógicas de vivências que vão sendo incorporadas ao contexto Amazônico, sendo que em grande parte os prejuízos as populações tradicionais ultrapassam os impactos territoriais e adquirem enfrentamentos culturais, como os evidenciados entre os índios Gavião. As propostas governamentais efetivadas sem conhecimento do funcionamento das vivências e valores culturais indígenas são fatores que permitem compreendermos que grande parte dos lugares e das identidades regionais está em processo contínuo de transformação.

Acreditamos que atualmente há um contraste entre os ideais de lugar, fortemente representado na imaginação indígena – floresta, abundância de caça, árvores frutíferas, com as quais os indígenas “ parecem invocar uma origem que residiria em um passado histórico pelo qual continuam a manter correspondência” (HALL, 2000. P. 108), e a configuração de um novo espaço impactado pelo contato com a sociedade envolvente – pastagem, pouca floresta, escassez de peixes, animais e árvores frutífera. Nesse sentido evidenciamos que a etnia indígena Gavião vem evidenciando o lugar como sendo o espaço das relações sociais “cuja ardem e o cotidiano, e seus parâmetros são a co-presença, a vizinhança, a intimidade, a emoção, a cooperação e a socialização com base na contiguidade” (SANTOS, 2004, p. 338).

Referências

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WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. RJ: Vozes, 2000.

 

 

 

1 Mestre em Geografia pela Fundação Universidade Federal de Rondônia. Pesquisador colaborador no grupo de Pesquisa Em Educação na Amazônia UNIR/CNPq. genivaldoscaramuzza@hotmail.com

2 BRAILL. Relatório sobre o posto indígena Lourdes da oitava delegacia regional, segundo as diretrizes de levantamentos de dados.

3 BRASIL. Ministério do interior. Relatório complementar de avaliação de avaliação das invasões no posto indígena Lourdes (PIL) dos índios Gavião e Arara (KARO) – Agosto de 1984

Como citar este artigo:

SCARAMUZZA, Genivaldo Frois. Identidades e Territorialidades em Transformação na Amazônia Brasileira. P@rtes (São Paulo). Julho de 2009. Disponível em: <>. Acesso em ___/___/___

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