Cidadania Ciências Sociais Mulher mulheres

A Condição Feminina: dupla jornada de trabalho

A Condição Feminina: dupla jornada de trabalho
Taysa Silva Santos *

“Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada.”
(Clarice Lispector).

“[…] Tem o trabalho, tem os filhos, tem o marido, tem a casa… e eu, como fico? […] Aí um belo dia, a gente vai olhar a agenda e descobre que não tem tempo para nada que não seja trabalhar e cuidar dos outros. […] A gente tem de se permitir ser feliz”.
Eliana Martinez1

Taysa Silva Santos – Graduanda do Curso de Serviço Social da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Gênero, Raça e Etnia e também do Grupo de Pesquisa NATUSS, Natureza, Trabalho, Ser Social e Serviço Social da mesma universidade.
E-mail: taysa_123@hotmail.com.

RESUMO
O presente ensaio busca problematizar a condição da mulher em sociedade principalmente no que se refere à dupla jornada de trabalho exercida por essa atora social tendo por estima que trabalha na esfera privada e na esfera pública. Desse modo, fazemos indicativos para resolução da referida problemática no sentido de se ter igualdade de gênero. O ensaio trata também, da compreensão social acerca desse estado de subjugação e como o marcador de gênero interfere em todas as esferas sociais. Para tanto, fizemos uma revisão bibliográfica a respeito da temática em questão sobreposto da análise de alguns dados da pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2004) A Mulher Brasileira Nos Espaços Público e Privado no sentido de dar concreticidade ao debate.
Palavras-chave: A condição feminina; a dupla jornada de trabalho; divisão sexual do trabalho doméstico, igualdade de gênero.

INTRODUÇÃO
De acordo com Woolf (2004) a mulher tem que protagonizar e buscar seu espaço em sociedade tendo em vista o processo histórico de exclusão ao qual foi sujeita. Em sua analise da condição feminina trata que o poderio patriarcal bloqueou a expansão da mulher que acabou por ficar restrita aos papéis de gênero e escrava do “cuidar” familiar. Contudo, a mulher deve desconstruir essa ideia de que o homem é o sujeito singular da história. No entanto, Engels (2000) afirma que nem sempre a mulher foi subalternizada ao homem, o que ocasionou tal disparidade segundo esse teórico foi à origem da propriedade privada como forma de ordenar o seio familiar, a partir de então se finda a igualdade e o trabalho feminino passa a ter diferente valor frente ao masculino. Na concepção de Engels, a propriedade privada condicionou a subordinação da mulher ao homem o que se transmitiu nas diversas esferas sociais como no econômico, profissional e por fim na cultura de modo geral.
Simone Beauvoir (1967) em seu livro O Segundo Sexo, expõe que as mulheres estão acabando com o idealismo que forjaram a ela, entretanto não é essa uma fácil tarefa, pois o passado se perpetua no presente tendo por cenário que mulheres são educadas por mulheres que já estão condicionadas aos papeis de gênero construídos socialmente – no caso da mulher, o casamento e a vida doméstica. Por isso manifesta,

Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino (2).

Não há determinismo nenhum para a construção do ser mulher, esta é construída na sociedade, e como fruto de uma construção são as atribuições impostas a ela. Para se ter uma prospectiva original à mulher deve partilhar de condições dignas de igualdade em todas as esferas sociais o que consiste em ser um desafio a atravessar. Contudo, o movimento feminista busca transformar esse “quadro” dando a ele novas “molduras” 3.

A DUPLA JORNADA DE TRABALHO DA MULHER

“Mesmo as estatísticas, confirmando o crescimento e o avanço em percentagem das mulheres em todos os setores sociais, a discriminação encontrada por essa categoria ainda é um fator agravante para a igualdade entre os gêneros.” (SANTANA, 2006, p.64).

Partindo desse pressuposto, cabe ressaltar que apesar dos diversos espaços conquistados a condição da mulher ainda é permeada por estigmas provindo de uma sociedade fundamentalizada no patriarcado, onde seus vestígios contemporâneos podem ser visto no reducionismo e naturalização da mulher a esfera privada, ou seja, ao âmbito domestico, do lar. Desse modo é notória a relevância de problematizar a condição de subalternidade ainda vivida por mulheres principalmente no que se refere à relação dual de trabalho tendo em vista que além de trabalhar na esfera privada que consiste em ser uma multiplicidade de afazeres [entenda-se como o lar] trabalha também na esfera pública [entenda-se como fora do lar].
De inicio é importante esclarecer segundo SANTANA (2006) que a esfera privada de trabalho, o qual em grande maioria é exercido por mulheres, é caracterizada como trabalho não produtivo, ou seja, não criador de valor. Assim esse trabalho se torna “desconhecido” frente à sociedade e frente os companheiros dessas mulheres que não reconhecem o trabalho domestico. Então na condição de sujeitas de ações “invisíveis”, ou por objetivarem trabalho remunerado no sentido de aumentar a renda familiar, essas mulheres se deslocam da esfera privada para a esfera pública de trabalho. No entanto, esse deslocamento não significa que a mulher exercerá uma esfera em detrimento da outra, o que está posto aqui, é que a mulher passará a exercer uma dupla jornada de trabalho – mesmo trabalhando na esfera pública é subjugada a trabalhar na esfera privada – dessa maneira se tem a naturalização do âmbito domestico como se fosse uma particularidade sua. Assim sendo, no primeiro momento as mulheres exercem seu protagonismo se “alforriando” da esfera privada, porém, retorna a ela. Em síntese, o que acontece é uma espécie de materialização do poder concreto e um desvanecimento desse poder conquistado. Encontra-se nessa relação à legitimação e restrição dos papeis de gênero impostos socialmente.
Tendo por panorama o processo sócio histórico a qual a temática em questão está fincada há impasses no que diz respeito sua resolução, tendo em vista que na contemporaneidade o ideal de mulher submissa é reproduzido por diversas instituições, dentre elas – a Igreja – como fomentadora maior [a indústria cultural, o grande bloco ideológico (4) da naturalização dessa condição. Os meios de comunicação a exemplo das novelas, em alguns casos, são instrumento mantenedor da mulher na esfera privada (5). Então a divisão de tarefas domésticas se torna um desafio se levado em consideração que tantas instituições legitimam a desigualdade e a subordinação da mulher ao homem.

Responsáveis pela maioria das horas trabalhadas em todo o mundo, as mulheres, generosamente, cuidam das crianças, dos idosos, dos enfermos, desdobrando-se em múltiplos papeis. Esquecidas de si mesmas, acabam por postergar um debate que se faz urgente: a divisão desigual das responsabilidades da família, a injustiça de sozinha, ter de dar conta de um trabalho de que todos usufruem. PEREZ (2001 apud FRANÇA; SCHIMANSKI, 2009, p.74).

É inegável a opressão vivida por mulheres, assim como seu desdobramento em diversos papeis. Digo opressão, pois quando sobrecarregadas deixam de viver sua vida em prol do “cuidar” [já naturalizado] dos outros. Tudo isso porque a ideologia de família se constitui no papel privado de mulher. E sua condição enquanto pessoa humana [?] se torna esquecida.
Além da sobrecarga, SANTANA (2006) problematiza a representação social que o trabalho do homem possui frente ao da mulher considerando que apesar dessas exercerem as mesmas ou até mais atividades em assentamentos rurais do Estado de Sergipe o trabalho feminino nesses espaços é caracterizado como “ajuda” ao marido. E quando na esfera privada é caracterizado como obrigação da mulher. Já o trabalho do homem é visto como produtivo criador de valor. Então, nessa relação é observada a questão do poder concentrada nas mãos masculinas e o não reconhecimento do duplo trabalho feminino. O trabalho exercido em ambas as esferas por mulheres é visto como não trabalho.

[…] todo serviço doméstico é por elas executado, e não há mudanças na participação masculina nesses serviços, além de que os homens não as apoiam na saída para os espaços públicos. Há, entre a maioria, as queixas quanto às saídas do universo da casa […]. (SANTANA, 2006, p.52)

Aqui se mostra a consequência da naturalização do âmbito privado como sendo da mulher. A obrigação domestica atribuída a ela restringem-na – em alguns casos – de se realizarem em outras esferas como na política, na profissional. Impede-a de abraçar a esfera pública. De tal modo se compreende o porquê o nível de emprego da mulher consiste em ser mais subalterno, de acordo com SORJ (2004) é devido à esfera privada restrita a ela, de modo a nutrir seu espaço “natural”.

DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO DOMÉSTICO (6)
A divisão sexual do trabalho consiste em ser uma forma de organizar a sociedade. Entretanto, as tarefas atribuídas à mulher na esfera privada sobrecarrega sua vida de modo a limitar sua participação na esfera pública, ou seja, a dicotomia entre “trabalho feminino” e “trabalho masculino” restringe o desenvolvimento da mulher, sendo necessária a divisão sexual do trabalho doméstico tendo por estima que o trabalho exercido nela não só beneficia a mulher, mas também ao homem.
O que as mulheres e precisamente as feministas manifestam é o deslocamento do homem para a esfera privada, no sentido de haver uma igualdade de gênero, que a esfera privada deixe de ser “atribuição privativa da mulher”. É preciso desconstruir essa ideia de resignação, mulher não foi feita para servir. Todavia há resistência masculina, em grande parte, no que se refere à realização do trabalho doméstico, pois não aceitam a desestabilização da sua hegemonia patriarcal tendo em vista que muitos consideram a divisão do trabalho doméstico uma afronta, como se fosse ferir sua masculinidade [furto das construções sociais]. Outro ponto é a forma de manifestação preocupante que alguns homens se utilizam como contestação da divisão das tarefas domésticas, a violência doméstica. (VENTURI; RECAMÁN, 2004).
Para PORTO (2004) permanece a resistência masculina em aceitar a divisão das tarefas domésticas devido à insignificância que essa é tratada socialmente. Incrementando esse debate ARENDT (2007) afirma ser o âmbito privado o subterrâneo, onde não se tem visibilidade social. Então se tornam notórios os estigmas impostos à esfera privada, estigmas esses que as mulheres carregam ao longo da história. Entretanto sua condição de subalternidade não é mais motivo de silêncio, agora as mulheres possuem voz ativa, o movimento feminista nasceu para protestar sua condição na sociedade. “Portanto, a conquista feminina e feminista do chamado “século das mulheres”, o XX, foi o direito à existência, sem o qual é impossível começar, se queremos um mundo fundado na justiça social, no respeito e na liberdade” (RAGO, 2004, p.34). Conquistado a existência é preciso conquistar a igualdade, sem a qual não dá para se ter liberdade, respeito ou justiça social. Se for ao contrário teremos uma liberdade falsa, uma justiça social limitada, o respeito não será mutuo tendo em vista que um sexo se sobrepuja ao outro. ROSALDO (1979), por sua vez, afirma que as diferenças não vão terminar até que o homem também ocupe o âmbito domestico quanto mais essas diferenças se acentuarem mais se terá a dicotomia entre público e privado. A missão a nos impostas na contemporaneidade é a não naturalização das desigualdades, sejam elas qual for.
Tendo por cenário a luta pela igualdade de gênero como fator que tem tomado grandes proporções no Brasil a Fundação Perseu Abramo (2004) realizou uma pesquisa nacional por meio de seu Núcleo de Opinião Pública intitulada A Mulher brasileira nos Espaços Públicos e Privados, todavia não iremos neste ensaio contextualizar a pesquisa em sua totalidade, utilizaremos somente dados da referente pesquisa no que diz respeito à opinião das mulheres frente à questão da divisão sexual do trabalho doméstico. Em nossa análise dos resultados da pesquisa buscamos indício de que a mulher e especificamente a brasileira não aceita mais sua condição de subordinação desse modo requerendo igualdade na repartição das tarefas domésticas, para se ter igualdade de gênero. A demonstração dos dados da pesquisa foi aqui exposta no sentido de dar concreticidade a referida temática.
No que tange a visão das mulheres no que se refere à escolha de trabalhar fora do lar, ter uma profissão e dedica-se menos à família, é constatado que grande maioria delas faz uso de tal preferência sendo 55%. Todavia, 38% preferem a esfera do lar e as atividades a ele relacionadas deixando a questão do emprego fora dele e da profissão para segundo lugar. Então é notório que as mulheres não querem ficar limitada a esfera privada objetivando horizontes para além dela. Contudo, na guisa que alude à divisão sexual do trabalho doméstico os resultados são diversos tendo em vista que essa enquete foi formulada por nível de concordância no que se refere a algumas frases: 1. “Homens e mulheres deveriam igualmente dividir o trabalho doméstico” 87% concordam sendo que 11% discordam e 1% nem concorda nem discorda. 2. “Não importa quem faça o trabalho doméstico, desde que a mulher defina como fazer” 71% concordam 24% discordam e 4% nem concorda nem discorda. 3. “Os homens mesmo que queiram, não sabem fazer o trabalho de casa” 55% concordam 39% discordam e 5% nem concorda nem discorda. 4. “O cuidado com as pessoas doentes ou idosas que ficam em casa deve ser da mulher” 54% concordam 42% discorda e 4% nem concorda e nem discorda. 5. “É principalmente o homem que deve sustentar a família” 65% concordam 32% discordam e 3% nem concorda e nem discorda. 6. “Quando tem filhos pequenos, é melhor que o homem trabalhe fora e a mulher fique em casa” 85% concordam 13% discordam e 2% nem concorda e nem discorda.
Considerando a percentagem de concorda em todos os quesitos chegamos aos seguintes fins – na primeira frase se demostra o quanto as mulheres almejam a divisão das tarefas domésticas entre os sexos; já na segunda, demostra que de qualquer forma a mulher se atrela a esfera doméstica, necessitando ser pensada
essa relação; no terceiro naturaliza o trabalho doméstico como sendo da mulher, visão produto do processo histórico, necessita ser desconstruída; no quarto se evidencia a ideia de que a mulher possui um maior cuidado com os outros, o que acaba por sobrecarrega-la, mas como visto no corpo deste trabalho essa concepção também é fruto do processo histórico; no quinto é notória a ideia de homem como provedor; no sexto é gritante a ideia de maternidade, reflexo da cultura.
O que se buscou apontar foi que apesar de estar condicionada a cultura, cultura patriarcal pode-se dizer, a mulher manifesta sua condição na sociedade, nada obstante, como indica a percentagem algumas por estarem ofuscadas pela cultura aceitam a ideia de resignação ou preferem mesmo a condição da invisibilidade social, o que não se tem números expressivos. Talvez seja melhor dizer que as que preferem a esfera privada e não querem dividi-la no sentido de haver igualdade de gênero estão alienadas pela cultura patriarcal. Ainda não descobriu sua condição de subjugação de longa data.

À GUISA DE CONCLUSÃO
A mulher apoderou-se de diversos espaços principalmente da esfera pública a qual outrora lhe era recusada, no entanto nessas conquistas ainda permeiam desigualdades, visto que mesmo se deslocando para a esfera pública é subjugada a continuar também na esfera privada. Acabando por exercer uma dupla jornada de trabalho. O que consiste em ser uma espécie de migração sazonal.
Todavia está perdendo a característica de “dona de casa” tendo por estima que com o imperativo da sociabilidade capitalista tornou-se essencial sua mão de obra no mercado de trabalho, outro fator foi à necessidade de aumentar a renda familiar. Mas cabe ressaltar que ainda que haja grande participação feminina na esfera pública, ainda é gritante a discriminação contra mulher do ponto de vista que essas não partilham do mesmo reconhecimento valorativo de seu trabalho se comparado ao homem, sendo que em muitos casos seu trabalho não se classifica nem sequer como tal, mas como “ajuda” ao homem.
É visto que existe uma relação desigual de gênero que se reflete nas diversas esferas na vida social. O que acaba por interferir no desenvolvimento da mulher enquanto profissional, enquanto pessoa humana. Sendo necessário problematizar mais e mais essas questões tendo em vista que o trabalho realizado pela mulher abarca não só a ela, mas a todos. Deve-se desconstruir essa ideia de que mulher foi feita para servir ou para cuidar. A igualdade de gênero carece da divisão sexual do trabalho doméstico, não é justo que a mulher fique sobrecarregada em beneficie a todos.

.

REFERÊNCIA
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. 10 ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo. 2ª ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967.
ENGELS, Friedrich. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
FRANÇA, Ana Letícia de; SCHIMANSKI, Édina. Mulher, trabalho e família: uma análise da dupla jornada de trabalho feminina e seus reflexos no âmbito familiar. Ponta Grossa: Emancipação, 2009. Disponível em <http://www.uepg.br/emancipacao>. Acesso em: 2 de jan. de 2012.
PORTO, Marta. Em busca de Kairos. . In: VENTURI, Gustavo. ; RECAMÁN, Marisol. ; OLIVEIRA, Suely de. (Org.) A MULHER BRASILEIRA NOS ESPAÇOS PÚBLICO E PRIVADO. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. p 137 – 148, 2004.
RAGO, Margareth. Ser Mulher no Século XXI ou Carta de Alforria . In: VENTURI, Gustavo. ; RECAMÁN, Marisol. ; OLIVEIRA, Suely de. (Org.) A MULHER BRASILEIRA NOS ESPAÇOS PÚBLICO E PRIVADO. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. p 31 – 41, 2004.
ROSALDO, Michelle Zimbalist. A Mulher, a Cultura e a Sociedade: Uma Revisão Teórica. In: ROSALDO, Michelle Zimbalist. ; LAMPHERE, Louise. (Org.) A MULHER A CULTURA A SOCIEDADE. [S.I.] Paz e Terra, p. 185 – 204, 1979.
SACKS, Karen. Engels Revisitando: a Mulher, a Organização da Produção e a Propriedade Privada. In: ROSALDO, Michelle Zimbalist. ; LAMPHERE, Louise. (Org.) A MULHER A CULTURA A SOCIEDADE. [S.I.] Paz e Terra, p. 185 – 204, 1979.
SANTANA, Mônica Cristina Silva. Muito Trabalho, Pouco Poder: Participação Feminina Mitigada Nos Assentamentos Rurais do Estado de Sergipe. In: GROSSI, Miriam Pilar. ; SCHWADE, Elisete. (Org.) Política e Cotidiano: estudos antropológicos sobre gênero, família e sexualidade. Blumenau: Nova Letra. p. 47 – 68, 2006.
SORJ, Bila. Trabalho Remunerado e Trabalho Não- Remunerado. In: VENTURI, Gustavo. ; RECAMÁN, Marisol. ; OLIVEIRA, Suely de. (Org.) A MULHER BRASILEIRA NOS ESPAÇOS PÚBLICO E PRIVADO. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. p 107- 119, 2004.
VENTURI, Gustavo. ; RECAMÁN, Marisol (Org.). As Mulheres Brasileiras no Início do Século XXI. In: A MULHER BRASILEIRA NOS ESPAÇOS PÚBLICO E PRIVADO. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. p 15 – 30, 2004.
WOOLF, Virgínia. Um teto todo seu. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

Notas:

1 Apud PORTO (2004, p. 137).
2 BEAUVOIR, 1967, p. 9.
3 Metaforicamente faço alusão de “quadro” representando à mulher e “molduras” as atribuições a ela imposta.
4 Termo gramsciano.
5 A respeito dessa discussão vede HAMBURGER, Esther Império. A expansão do “feminino” no espaço público brasileiro: novelas de televisão nas décadas de 1970 e 80. Florianópolis: Estudos Feministas 15(1): 280, janeiro- abril/2007.
6 Os dados expostos no presente ensaio foram retirados do Anexo do livro A Mulher Brasileira nos espaços público e privado (2004) para ver a pesquisa na integra vede o site da Fundação Perseu Abramo (www.fpabramo.org.br).

*Graduanda do Curso de Serviço Social da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Gênero, Raça e Etnia e também do Grupo de Pesquisa NATUSS, Natureza, Trabalho, Ser Social e Serviço Social da mesma universidade.
E-mail: taysa_123@hotmail.com.

Como citar este ensaio:
SANTOS, Taysa Silva. A Condição da Mulher: Dupla Jornada de Trabalho. Rev. P@rtes, Fev. 2012, vol., no. , p. ISSN 1415-5273

Deixe um comentário