Alfabetização Educação Educação

Matemática viva na alfabetização: da teoria à prática

 

Valdecira Aparecida da Silva Moreira [[i]]

Sandra Inês Burgel [[ii]]

Valdecira Aparecida da Silva Moreira – Pedagoga. Especialista em Gestão Escolar. Métodos e Técnica em Ensino; Mídias na Educação; Educação de Jovens e Adultos na Diversidade e Inclusão Social; Mestranda em Ciências da Educação/UDS. Professora Nível III SEDUC/RO. valdeciracolorado@hotmail.com

RESUMO: O presente artigo discute e caracteriza experiências matemáticas, no contexto da sala de aula socializando sequência didática construída mediante a participação em oficina de Matemática com a utilização do livro “Poemas e Problemas” de Renata Bueno, o livro contextualiza situações matemáticas, proporcionando caminhos para despertar o interesse dos alunos pela matemática, na alfabetização, bem como pesquisa bibliográfica. Os estudos desvelam com profundidade o “como” e os “porquês”, de identidade próprias. Assume-se como investigação que procura descobrir o que há na matemática de mais essencial e característico. O estudo tem em vista proporcionar perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente do objeto de estudo.

Palavras Chave: Matemática. Alfabetização. Teoria e Prática.

 

ABSTRACT This article discusses and characterizes mathematical experiences in the context of the classroom by socializing a didactic sequence constructed through participation in a Mathematical workshop using the book “Poema e Problemas” by Renata Bueno, the book contextualizes mathematical situations, providing ways to awaken the students’ interest in mathematics, in literacy, as well as bibliographic research. The studies reveal in depth the “how” and the “whys”, of their own identity. It is assumed as research that seeks to discover what is in the most essential and characteristic mathematics. The study aims to provide global perspective, as much as possible complete and coherent study object.

Keywords: Mathematics. Literacy. Theory and practice.

INTRODUÇÃO

As ações do Projeto “Matemática Viva na Alfabetização: da Teoria à Prática”, foram desenvolvidas no ano primeiro semestre de 2017, em uma Escola pública do município de Colorado do Oeste – RO, envolveu quatro turmas de alfabetização.

O planejamento e execução da sequência didática ocorreu mediante a participação em Oficina de Matemática, do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa –PNAIC.

Sandra Inês Burgel – Pedagogia. Professora Nível III /SEDUC-RO. Especialista em Gestão Escolar. Métodos e Técnica em Ensino. Psicopedagogia. sandraburgel1@hotmail.com

Ao analisar o acervo literário do PNAIC, é possível encontrar diversos exemplares, por meio dos quais torna possível o planejamento e desenvolver atividades diferenciadas e interdisciplinares com a turma de alfabetização.

De forma dinâmica em sala de aula, o que foi chamado de Matemática Viva, foi “Poema e Problemas” de Renata Bueno. A autora evidencia situações matemáticas por meio de problemas contextualizados, fato que proporcionou aos alunos ensino dinâmico, o qual trouxe facilidades na resolução dos problemas, consequentemente promoveu o despertar de habilidades de cálculos e raciocínio lógico matemático.

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Segundo PNAIC- Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, “a Alfabetização Matemática é entendida como um instrumento para a leitura do mundo, uma perspectiva que supera a simples decodificação dos números e a resolução das quatro operações básicas” (BRASIL, 2014, p. 5)

Para Caetano 2016, Ao ensinar a matemática, os professores não ensinam apenas um conteúdo, mas um modo de aprender conteúdos que se configura em uma metodologia de interagir com o mundo e isso é próprio do saber.

Para o PNAIC, a Educação Matemática é uma área de pesquisa, sempre enraizada nas práticas de sala de aula” (BRASIL, 2014, p. 6).

Silva e Soares, (2017) defendem que pelo dinamismo, a matemática é uma atividade que auxilia no processo de desenvolvimento humano.

 

 

TEXTOS DIVERTIDOS, NO ENSINO DA MATEMÁTICA  

Conforme: Silva e Soares, (2017) nos campos mais diversos da atividade humana, exige-se a compreensão e aplicação de alguns conhecimentos da área da matemática. Compartilhando desta verdade, e com foco no despertar do raciocine-o lógico dos alunos do 3º ano do ensino fundamental, iniciou-se os planejamentos e aplicação das ações didáticas com base no livro “Poema e Problemas” de Renata Bueno.

No projeto definiu-se, duas aulas semanais, em dias alternados, porém na etapa de finalização do trabalho, houve necessidade de ampliação para três aulas semanais.

O desenvolvimento das ações ocorreram, no primeiro momento por meio de diálogo, despertou-se a curiosidade dos alunos, a respeito do tema e do livro. Conforme Silva e Soares (2017) uma das funções do ensino da matemática na escola é o desenvolvimento de competências para a solucionar problemas no cotidiano dos indivíduos, na realidade é matemática viva!

Instigou-se os alunos por meio da leitura, sugerindo que eles encontrassem as respostas, solucionando os problemas apresentados. Num segundo momento o livro foi colocado à disposição dos alunos, abordou-se a estrutura, gênero textual, questionando- os, em relação às expectativas, sobre o tema poemas e problemas.

Na etapa posterior os poemas, foram digitados, dividindo-os para realizar os trabalhos em equipe, o livro “Poema e Problemas” de Renata Bueno, composto por dezessete situações problemas envolvendo rimas e diversos conteúdos matemáticos e artísticos.

Segundo Silva e Soares (2017) nos últimos tempos, tem se intensificado a busca por alternativas que possibilitassem uma aprendizagem mais significativa dos conteúdos da matemática para os alunos.

As quatro turmas de alfabetização descritas neste artigo foram cada uma delas estrategicamente dividida em cinco equipes por turma. Cada equipe contava com um aluno líder nas diversas disciplinas do componente curricular, foram organizando de forma que cada grupo ficasse com o mesmo número de componentes. Na sequência foram distribuídas atividades relacionadas ao tema: poemas e problemas para que pudessem solucioná-los.

Os alunos foram orientados quanto à entonação na leitura e interpretação das situações implícitas e explicitas nos textos. No decorrer das resoluções das atividades, percebeu-se algumas dificuldades, demandando novos direcionamentos. A este respeito Silva e Soares(2017) abordam:

O professor de matemática passa a ser entendido como um pesquisador que precisa estar atento, não só aos conteúdos a serem ensinados, mas também as metodologias que possam tornar esses conteúdos, significativos. Para tanto, deve atentar-se ao contexto no qual, seus alunos, se encontram inseridos para assim, propor estratégias eficazes que atendam as necessidades e expectativas de seu alunado. E nesse sentido, os propósitos básicos para o ensino da matemática, buscam desenvolvê-la como campo de pesquisa e de produção de conhecimento. SILVA E SOARES, 2017)

Cabe aos professores das séries iniciais manter-se em constantes buscas metodológicas para facilitar a compreensão do ensino da matemática, neste momento as situações reais, ações didáticas bem planejadas, levam em conta o conhecimento prévio do aluno, podem e devem ser alternativas que surgem da necessidade na resolução de problemas no cotidiano, com um caráter prático por natureza, tornando-se importante ferramenta para o desenvolvimento do raciocínio.

           

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A metodologia do trabalho interdisciplinar oportuniza a produção escrita, essa ação traz ganhos significativos para a leitura e produções, por meio de trabalho integrado. A associação de poemas com problemas, normalmente fascina os alunos, pois trabalhar matemática com textos divertidos, com charada, brincadeiras, promove o despertar no aluno do interesse em querer aprender.

Cabe à escola provocar os educandos a compreender que a matemática está na vida, nas atividades por mais simples que sejam, que ela é encantadora alegre e divertida.

Durante a realização das pesquisas que culminaram na produção deste artigo, ficou evidente que a ludicidade e o trabalho interdisciplinar, proporciona aos alunos aprender matemática de forma dinâmica e divertida.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Brasília, DF: MEC, SEB, 2014.

CAETANO, Fernanda Aparecida, O aprendizado da matemática no ensino fundamental: um estudo com uma turma do 2º ano, Londrina Paraná 216

SILVA, Antônio Carlos da, SOARES Keyla Cristina Costa. Didática da Matemática: a Aprendizagem com estratégias lúdicas no processo e ensino fundamental I. São Paulo. Revista virtual P@rtes 2017. ISSN 1678-8419

[[i]] L.P Pedagoga. Especialista em Gestão Escolar. Métodos e Técnica em Ensino; Mídias na Educação; Educação de Jovens e Adultos na Diversidade e Inclusão Social; Mestranda em Ciências da Educação/UDS. Professora Nível III SEDUC/RO.  valdeciracolorado@hotmail.com.

[[ii]] L.P. Pedagogia. Professora Nível III /SEDUC-RO. Especialista em Gestão Escolar. Métodos e Técnica em Ensino. Psicopedagogia. sandraburgel1@hotmail.com

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