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Mentes perigosas nas escolas – b u l l y i n g

Nair Lúcia de Britto

publicado em 15/10/2010 como www.partes.com.br/cultura/livros/bullying.asp

 

 


Nair Lúcia de Britto é jornalista e poeta.
Eu, Nair Lúcia de Britto nasci em Joanópolis (SP). Meu primeiro contato com as letras foi através do meu pai, que também era poeta, Arthur José dos Reis Britto.
Passei toda minha infância em Santos(SP), o que talvez explique minha paixão pelo mar… Em vez de me contar histórias, meu pai declamava versos dos poetas clássicos, e eu adorava…
Quando cursei o Clássico, eu me sobressaía em Literatura e aprendi muito com a minha professora: Sara Capellari.
Formei-me em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em 1977, em São Paulo (SP.) E meu primeiro emprego foi na revisão da Folha de São Paulo. Posteriormente trabalhei na Editora Nova Cultural, preparando textos de livros e revistas.
Escrevi vários textos infantis, publicados na Folhinha de S. Paulo; comentários de livros e filmes para a revista “Contigo”; e crônicas, publicadas na Folha da Tarde (SP) na coluna do jornalista Mário de Morais.
Ao escrever meu primeiro conto “A Virgem Marina”, fui muito incentivada pelo jornalista e escritor Wladir Duppont, que na década de 80 era o editor da revista “Nova”. Escrevi então outros contos de amor, publicados em várias revistas da Editora Abril.
Em São Vicente(SP) fui repórter e cronista do jornal “Primeira Cidade”, onde recebi o estímulo do ex-prefeito da cidade, Antonio Fernando dos Reis, dono do jornal. A partir daí eu fui em frente… Além de prosas, passei a escrever também comentários de filmes de arte; publicados, atualmente, na revista virtual Partes.
Quanto às poesias… eu as escrevo desde a adolescência, mas somente agora comecei a divulgá-las em sites de literatura. Não tenho nenhum livro publicado… mas ainda chego lá!

A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva escreveu este livro sobre bullying, lançado pela Editora Objetiva Ltda, oferecendo mais uma vez uma importante contribuição não só à sociedade como também aos profissionais de educação, de saúde mental, de assistência social, da área de Direito (juízes, promotores, advogados e delegados de polícia); a fim de procurar unir forças para combater a violência nas escolas e facilitar uma solução.

Para isso, a obra se propõe a esclarecer em detalhes sobre esse mal de origem psíquica, que há muito tempo existe nas escolas do mundo inteiro.

Aqui no Brasil, somente a partir do ano 2000 começou a ser investigado, graças a Cleo Fante e José Augusto Pedra. A dedicação e o empenho nessa tarefa de pesquisar sobre o problema resultou num programa de combate ao bullying: EDUCAR PARA A PAZ, realizado no interior de São Paulo.

A expressão bullying é inglesa e no Brasil não tem tradução. Tem origem na palavra bully, que qualifica um indivíduo de valentão, tirano, briguento e mandão.

O derivado bullying quer dizer um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica, que infelizmente está acontecendo nas instituições de ensino.

As consequências são as mais desastrosas para suas vítimas. Ou seja, desde a  repetência e evasão escolar até o isolamento, depressão e, em casos extremos, suicídio e homicídio.

Quem são as vítimas do bullying?

São aqueles alunos ou mais gordinho ou mais magro; aqueles altos demais ou mais baixos, os mais frágeis… enfim, todos que não correspondem ao padrão

estético ou comportamental, que inclui os homossexuais. Vale observar que, especialmente neste último caso, a visão preconceituosa de uma sociedade desinformada (baseada em princípios morais distorcidos até pela religião) reforça o problema.

A autora da obra enfatiza que “entre as inúmeras funções da educação de nossas crianças e adolescentes está em ensinar o respeito pelas diferenças”, para que seja possível uma convivência harmônica e produtiva dentro da  Escola e fora dela; para que, quando os alunos se tornarem adultos, formem uma sociedade mais justa, solidária e livre de preconceitos.

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Um dos últimos crimes dentro de uma sala de aula, (noticiado pela tevê), foi contra um menino de apenas nove anos de idade que foi atingido com um tiro de revólver no peito, disparado por outro aluno, e morreu.

o é mais possível permanecer apático aos crimes graves que estão ocorrendo dentro da Escola. A visão da psiquiatria e a realidade dos fatos demonstram que a impunidade incentiva a criminalidade; e a legislação precisa ser mais rigorosa, mais justa e eficiente; porque os que estão sendo punidos são os cidadãos de bem. Essas famílias ficam de luto e choram a perda de seus filhos; e a sociedade, desfalcada de membros que poderiam ser úteis à sociedade.

O Bullying é o grande perigo nas Escolas. É a lei perversa e covarde dos mais fortes e o silêncio dos inocentes, diz Ana Beatriz.. E, para suas vítimas, ela tem uma mensagem de força e de coragem:

Dedico este livro a todos que são ou foram vítimas de bullying e também àqueles que não resistiram e ficaram pelo caminho. A todos vocês, o meu mais profundo respeito, com a certeza de que não estão sozinhos nesta luta!”

Perfil da escritora:

Ana Beatriz Barbosa Silva é médica, com especialização em Psiquiatria, e presidente da AEDDA – Associação dos Estudos do Distúrbio do Déficit de Atenção (SP). Diretora das clínicas Medicina do Comportamento, onde atende pacientes e supervisiona os profissionais de sua equipe. Já escreveu várias obras relacionadas ao seu trabalho, best-sellers, tais como Mentes Perigosas, entre outros.

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