Ana Marina Godoy Turismo

Planejamento de viagem

Planejamento de VIAGEM – UNINDO PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO COM PLANEJAMENTO TURÍSTICO 
Propondo a atuação de diversos profissionais em consultorias de viagens.
Por Ana Marina Godoy

Revista Partes – Ano V – dezembro de 2004 – nº52

 

Ana Marina Godoy, é professora, editora de Turismo da Revista Partes, turismóloga e consultora em marketing turístico

As Relações Públicas são o grande elo para que o planejamento deixe o papel e possibilite que os interessados façam acontecer de forma organizada. Seja em planejamento turístico ou de comunicação. Também aqui as Relações Públicas serão um elo! O processo do planejar até o acontecer passa obrigatoriamente pelas Relações Públicas. A proposta é que os planejamentos turístico e de comunicação sejam unidos para que viagens sejam melhor preparadas e, conseqüentemente, desfrutadas. Os Relações Públicas interagem com as pessoas e podem ser muito mais úteis do que guias de bolso. Unirão as teorias de planejamento turístico com planejamento de comunicação para que o turista, na fase pré e/ou durante a viagem, esteja bem assessorado sobre tipicidades da situação, do local, da cultura. O Relações Públicas será um adequado planejador de viagem, unindo técnicas e conhecimentos de turismo, comunicação, psicologia e marketing.

 

 

O QUE É PLANEJAMENTO?

O Planejamento é uma das tarefas do administrador (as outras são: liderar, organizar e controlar).

 

O planejamento constitui uma intervenção deliberada, com base no conhecimento racional mínio do processo sócio-econômico e de suas leis. Ele parte de uma situação atual e procura chegar a uma situação futura pensada.

PLANEJAR IMPLICA EM:

– ter como bases análises científicas;

– objetivar alcançar algo;

– prever o curso de acontecimentos;

– é um processo sistemático e contínuo de tomada de decisões que objetivam alcançar algo;

No turismo como na comunicação, também precisamos fazer um diagnóstico do futuro. Deve-se estimar a orientação e as formas naturais que a atividade adotaria em seu futuro a curto ou médio prazo. Isto na ausência de intervenções globais ou parciais próprias de um esforço de planejamento, ou seja, quando seu desenvolvimento histórico siga obedecendo as formas que o determinaram. Para isso é comum se recorrer a técnicas estatísticas, análises de variáveis e modelos de simulação, a fim de projetar, prever ou prognosticar (fazer um diagnóstico do futuro) o comportamento esperado do fenômeno no caso em que não se intervenha sobre o mesmo (ex.: cigarro/ fumar na vida de uma pessoa);

Os objetivos de um plano – de viagem, por exemplo – devem atende às seguintes condições:

1- ser selecionados em função do problema;

2- ser coerentes e relacionados entre si;

3- ser unificados e compatíveis, pois um objetivo não pode afirmar o contrário do que propõe o outro;

4- estar organizados do nível geral para o nível específico ou particular;

5- ser operacionalizáveis, para poderem orientar a ação;

6- determinar a quem o produto/ serviço pretende alcançar.

O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO

O que é comunicação? O que engloba?

Emissor – aquele que quer ou deve enviar a mensagem.

Receptor – aquele que está ou deverá ficar interessado na mensagem. Este se calca em um determinado Referente e será transmitida através de um canal e um código (a língua portuguesa, por exemplo), conhecido por ambos: emissor e receptor.

Fatores e “ruídos” que podem atrapalhar o recebimento de uma mensagem:

perda de informações; informações diferentes; rotina; o tecnicismo( linguagem técnica); sobrecarga de informações; a expectativa; a empatia.

Estes fatores/”ruídos” foram claramente evidenciados através de uma brincadeira/experiência feita em sala de aula quando uma informação foi transmitida e repassada várias vezes, por várias pessoas e acabou sendo deturpada por causa destes fatores. Ex.: um mesmo símbolo tem diversas interpretações dependendo do país em que se está.

A comunicação é uma interação humana, são trocas de idéias, é um instrumento de (des)entendimento.

Deve-se ter estratégias, objetivos bem traçados, inclusive porque os envolvidos numa organização, num projeto não operam num mesmo nível de informação dentro de uma organização/ empresa. Os quadros de avisos, encontros e outras estratégias terão um ótimo grau de aproveitamento.

Canais de comunicação

São classificados em três categorias: informação funcional ou formal;

Informação coordenada; e a terceira é a posicional.

A informação funcional pode/ deve ser feita por toda ou parte da organização para que todos possam cumprir o seu trabalho, o que inclui diplomacia, tarefas particulares, etc. Ele ocorre de cima para baixo, ou seja, verticalmente, em vários níveis.

A informação coordenada se constitui em informações que são trocadas entre as centrais funcionais da empresa. Ela ocorre horizontalmente. Informações trocadas em encontros, através de memorandos, telefonemas, etc.

A posicional é a comunicação relativa à atitudes, status, estima e vontade do empregado. Deve ser desenvolvida primando-se pelo reconhecimento, seja através de cartas de louvores, honras, bônus, etc. Ela trata da imagem pública e interna da companhia.

Existem maneiras de organizar uma melhor comunicação, como com seminários, treinamentos, técnicas para evitar engarrafamentos na comunicação, evitar o fator emocional, entre outros.

Entre estas maneiras estão os Círculos de Qualidade, que existem para se discutir a qualidade do produto. Esta prática surgiu nos anos 50 e foi utilizada no Japão quando o país se reerguia após a 2ª Guerra Mundial. O objetivo destes círculos é envolver as pessoas na questão para que estas cresçam e procurem o melhor, através de uma certa liderança/responsabilidade. E que opinem na forma de como transpor as barreiras que têm. E nesta fórmula está intrínseco um conceito fundamental que deve ser entendido e estimulado: orgulho somado à liderança resulta em realização.

Outro círculo que existe é o Círculo de Satisfação no Trabalho, que só tem demonstrado ótimos resultados. Como o próprio nome sugere, ele é baseado na idéia da satisfação no trabalho, afinal, o que acaba rendendo altos lucros às empresas é um empregado satisfeito com o seu trabalho/ emprego. Daí a sua importância e a da comunicação em ajudar à fazer surgir um resultado bom a respeito.

Dentro destas técnicas o que se ressalta é o saber transmitir e o saber receber mensagens.

A comunicação se mostra, desta forma, uma das chaves para o sucesso da empresa/ organização. E para que ela possa acontecer de um modo ideal é necessário que os colaboradores saibam o que fazem, confiem no líder e participem.

A comunicação, para que realmente possa cumprir com os seus objetivos numa agência de viagens, por exemplo, deve ser capaz de responder perguntas que ninguém faz !!!

 

OBJETO: UMA VIAGEM.

Conte com profissionais! Sai mais barato do que você imagina!

Alguns profissionais que podem auxiliá-lo, com formação para tanto, são:

 

Relações Públicas: sendo a ponte entre você e o seu sonho, poderá fazer reservas, pechinchar preços com a devida elegância, se informar sobre e conversar com a agência mais indicada, bem como hotéis, restaurantes, teatros, etc. O profissional de Relações Públicas, bem como o de Turismo, têm formação para ensinar/passar conhecimentos sobre etiqueta, cerimonial e protocolo. Em maior ou menor grau. Prefira alguém com especialização na área. Indicação: Profa. Mestre da UFPR Anely Ribeiro – anely.ribeiro@terra.com.br

Turismólogos: Estes são os experts no assunto viagem. E não só, mas em tudo o que estiver ligado ao TURISMO e ao LAZER! Ao contrário do que se pensa, estes profissionais investem quatro anos de suas vidas em estudos sérios sobre Cultura, Patrimônio, Geografia, Administração, Aspectos de Psicologia, entre outros. Algumas viagens de estudo acontecem durante o bacharelado, na maior parte dos cursos, mas são esporádicas…e nada de muito divertimento: muito aprendizado, relatórios valendo nota, poucas horas de sono e ônibus nem sempre confortáveis. Tudo para se tornarem entendidos no que não deve ser um estresse para você, visitante, excursionista ou viajante! Bacharéis são aqueles que cursam uma faculdade e têm, em geral, formação para o planejar Turismo e Lazer; os tecnólogos, mais aptos à prática e serviços operacionais, são os egressos de cursos técnicos ou profissionalizantes.

Indicação: Turismóloga Gessiane Sieben – gessitur@yahoo.com.br
Turismóloga Conny Martina Epp – connyepp@hotmail.com

 

 

Profissionais de Educação Física – São os bacharéis formados nos cursos de mesmo nome. Disputam o mercado de Lazer e Recreação, em geral, com os turismólogos. No entanto, o ideal é que trabalhassem juntos, pois enquanto o profissional de educação física tem formação voltada para a parte motora, corporal, o profissional de Turismo tem foco no planejamento das ações e administração delas. Ambos, a princípio, podem operacionalizá-las, dependendo da legislação local. A atual formação dos bacharéis em Turismo (e Lazer) tem dado enfoque à importância da visão holística do ser, priorizando o lazer como preventivo e como “remédio” para os males cotidianos, tais como: estresse, depressão, falta de sociabilização, entre outros. O profissional de Educação Física pode ser um “personal trainer” a favor do bem-estar do cliente; dentro ou fora de viagens.

Indicação: Bacharel em Educação Física Anelise Bier – anybier@hotmail.com

Professor Msc. Sidirley de Jesus Barreto – sjb@furb.br (Universidade Regional de Blumenau)

 

Guias de Turismo – é importante observar as legislações!!! Um guia de turismo tem formação e função diferente do Bacharel em Turismo. O guia é alguém com formação para GUIAR um grupo de pessoas numa região ou localidade, apresentando opções e os atrativos. O SENAC mais próximo ou o SINDICATO de GUIAS de TURISMO pode indicar um profissional que melhor se adeque ao que você precise. Em Curitiba, Sra. Josefina Biscaia – 222 38 22 ou 222 83 22.

 

Trabalhando
…no Brasil: Planeje, priorize e guarde uma grana. Sim, é fácil assim.

…na Europa: Garçom, lavador de pratos, babás, faxineiras, arrumadeiras e cozinheiros. Trabalhos absolutamente comuns e obviamente tão dignos quanto qualquer outro. Muitos países da Europa precisam de mão-de-obra neste tipo de serviço e quem acaba encarando são os estrangeiros. Já comentamos o aspecto legal e a permissão de trabalho, e aqui não nos cabe entrar neste mérito. Consideramos o trabalho no exterior, além de toda a experiência de vida, uma boa possibilidade de prover fundos – in loco – para viajar (mais). Uma idéia para os aventureiros de plantão sem problema de tempo é ficar um pouco em países diferentes, sempre se virando através de bicos. Melhor na teoria do que na prática, pois nem sempre se arranja emprego com a tranqüilidade desejada. O ideal é procurar naqueles países que oferecem maiores facilidades e o domínio da língua não seja um obstáculo. Inglaterra, e particularmente Londres, é uma das praças mais procuradas – e normalmente encontradas. Para se ter uma idéia, um waiter ou uma cleaner podem ganhar entre a 5 e 15 dólares por hora. Mas não vá achando que é chegar e levar. Você até pode cogitar expandir sua viagem em função de um job, mas não deixe de considerar as variáveis e dificuldades.

Pechinchando
…com vontade: Isso é tão comum, mas muita gente se esquece. Ou nem mesmo tenta, pois acha que não vai dar certo ou tem vergonha – afinal, estamos falando do Primeiro Mundo. Certamente não é como a Ásia ou mesmo o Brasil, mas sim, dá pra barganhar na Europa. Muitos estabelecimentos, lojas, hotéis, Bed & Breakfast, esperam isso de turistas. Se você acha que dá pra arriscar, por que não? O máximo que pode acontecer é você ouvir um no, non, nein, nej… – que você vai levar com o bom-humor de sempre. Ou, quem sabe, uns bons euros de economia. Na real, cá entre nós, pechinchar a gente sabe fazer bem!

Economia Exagerada: Sempre é possível ir à Europa e gastar menos. Muitos se orgulham por viajar ao Velho Continente com US$15 ao dia. Aí aparece mais um que fez com US$8. E logo surge outro cara que fez ainda com menos. Isto não nos surpreende e não há mérito algum. O importante não é gastar pouco, é gastar bem. Você pode dormir na rua, em praças públicas, em estações. Você pode passar o dia inteiro comendo pão com manteiga e bebendo água de alguma torneira. Você não precisa se locomover mais do que suas pernas podem agüentar. Você não tem, afinal, que visitar ou entrar em museus e atrações turísticas. E você gastará 3 dólares por dia! Na real, você não precisa viajar! Se você vai com este espírito, conhecer a Europa pelo álbum de fotos de seus amigos será mais barato ainda. Não há razão para viajar assim. Se você realmente não tem grana, é preferível guardar um pouco mais e viajar no ano seguinte ou no outro ainda, se for o caso. Planeje com antecedência, mas quando você for, viva! Aproveite o que há de melhor. Visite tudo o que você tem direito, coma bem, experimente as delícias típicas de cada país, durma legal, conheça novos viajantes, exerça sua cidadania como habitante do planeta…. e tenha uma viagem inesquecível! Acredite em nós. Isto não tem preço.

 

ORIENTAR SOBRE PROTOCOLOS, CERIMONIAIS e RITUAIS estrangeiros também são pontos importantes numa consultoria como a proposta. A língua é instrumento básico numa viagem: orientar como se comunicar, indicar professores, guias e intérpretes, se for o caso. Indicação: Renata Araújo (revisão de cartas oficiais, inclusive) – mdaraujo@mps.com.br tel.: 0xx41 232 0653 Endereço: Marechal Deodoro, 857 conjunto 1104 (“Língua e Linguagem”). Eventos e recepção de estrangeiros – Turismóloga Conny Epp – connyepp@hotmail.com – líder de grupo de estudos sobre multiculturalismo – lingüista profa. Dra. Da UFPR (Depto. De Letras Estrangeiras Modernas) Elena Godoi = elenag@ufpr.br 3605142.

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