Cultura Poesias

Saudade, palavra triste

Imensurável a dor da saudade
Inconsciente sorriso contido
Adaptado a distância.
Quando vem a lembrança
Tudo perde o sentido

Um choro sem grito, sem lágrimas
Os olhos perdidos, distantes
Passadas vazias, versos sem rimas
A foto na estante
Minha obra-prima
Tão, tão importante
Está muito, muito distante.

Palavra tão única, saudade
Palavra tão bonita, mas triste
Vazia e cruel, de crueldade
Amargo como fel, um chiste
Sem piedade

Me agarro ao tempo
Nessas horas, somente nele posso contar
Pois ele tem as respostas
Que só o futuro pode dar

Há horas, que o melhor é dormir
Para no dia seguinte acordar
E ao ver um novo sol a brilhar
Lembrar, que o tempo vai passar e, logo
Logo poderei te encontrar

Fabiano de Abreu

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