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Quando um beijo se torna uma arma

Por Madalena Carvalho

 

“Vivemos esperando, O dia em que seremos melhores (Melhores! Melhores!), Melhores no amor, Melhores na dor, Melhores em tudo…” (J.Quest)

 

Madalena Carvalho é proprietária da empresa Carvalho & Lima Consultores Associados

Estamos vivendo dias difíceis, todos nós, uns mais outros menos, porém estamos vivenciando dias que nunca passaram pela nossa mente.
Hoje, o toque tão habitual que fazíamos no telefone, deixando nossos olhos presos à tela, já não mais nos satisfaz como dias atrás. Hoje queremos o toque que estávamos desprezando, o toque humano, o abraço apertado das pessoas que amamos. E agora o nosso desejo é ficar com os olhos grudados no olhar de quem estava ao nosso lado o tempo todo e muitas vezes nem percebíamos.
Mas as circunstâncias atuais nos aprisionam, não dentro de um local físico, mas nos aprisionam dentro de nós mesmos, ao remoermos o tempo que perdemos e que agora, nos sobra, mas não sabemos como compensar. As circunstâncias nos faz refletir que um simples beijo pode ser uma arma mortal e, infelizmente, não metaforicamente para lhe matar de felicidade, mas para literalmente acabar com a sua vida.
Nem tudo está perdido, precisamos nos reinventar como seres humanos, precisamos sair desse cenário como pessoas evoluídas, mais serenas, mais altruístas e bem menos intolerantes como esse mundo estava sendo.
Precisamos entender que nesse reposicionamento planetário, onde em instantes, todos se tornaram iguais, fragilizados e suscetíveis ao mesmo inimigo, o mais importante é criar uma nova consciência, que nos desperte para um mundo sem divisões. Se antes, isso poderia soar como uma utopia, hoje é a única saída. Precisamos acordar.
Precisamos acordar para sermos melhores! Melhores na dor, melhores no amor…Que tenhamos dias de paz e muitos dias a mais.

Foto: Kristopher Roller

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