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Judas e o Assédio Moral

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Judas e o Assédio Moral
Por Johnny Notariano  publicado em 22/03/2008 originalmente como <www.partes.com.br/assediomoral/judas.asp>

Johnny Notariano

 

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Johnny Leonardelli Notariano – notarian@usp.br

Aproveito a Semana Santa e a comemoração da Páscoa para aludir sobre um tema já debatido, mas de pouca receptividade por parte de autoridades que deveriam incluir na pauta das prioridades em defesa dos perseguidos nas relações de trabalho. ASSÉDIO MORAL.

 

É normal se ouvir em um ambiente de trabalho a expressão \pegaram-no para Cristo\. \Malharam-no como Judas\.

 

Dito popular, \a corda sempre estoura do lado mais fraco\, comprovadamente correto. São os Cristos vítimas das atrocidades no meio de trabalho. Cristo teve uma missão, veio ao mundo conforme as escrituras, para sofrer e no sofrimento mostrar para o homem a trajetória difícil e penosa do ser humano. Não precisa nem ser beato; religioso de qualquer seita ou religião para entender a trajetória de Cristo na Terra, basta atentar para a trajetória do homem, do trabalhador para compreender tudo. A caminhada para o Calvário \Via Crucis\ e as pessoas que o acompanharam, diz muito sobre os sofrimentos humanos. Na caminhada, Cristo não suportou o peso da cruz, debilitado, caiu. Encontraram um cidadão de Cirene (Simão Cirineu), ele ajudou a carregar a Cruz e depois seguido de uma mulher que enxugou seu rosto. Ninguém apareceu para ajudar e promover alguns instantes de refrigério e descanso. As pessoas não se aproximavam por medo de punições e orgulho. Como acontece no trabalho, as pessoas se afastam. Porém dois foram escolhidos para prestar ajuda Simão Cirineu e a mulher. Se o homem quiser viver uma vida digna em qualquer situação, seja em casa; no cotidiano e no trabalho, com toda a certeza, tudo isso será através da cruz. É o preço da salvação para aqueles que entendem sobre o processo salvífico. A caminhada do trabalhador para muitos é uma verdadeira Via Crucis.

 

O Homem torna-se grande quando está de joelhos diante de Deus; a humildade faz o ser humano forte e os grandes sem Deus tornam-se pequenos. Claro que a vida não foi feita para o sofrimento e nem Cristo veio para essa proposta, mostrar como suportar o peso da cruz e o caminho para se viver uma vida plena e feliz, opção entre o céu e o inferno.

 

De louco todos temos um pouco, expressão velha conhecida e demonstra verdade, pois somos neuróticos em pequena ou grande escala. De Judas também todos temos um pouco. Aquele que traiu Cristo! Até Pedro negou Cristo 3 vezes antes do amanhecer! Imaginem o ser humano?!

 

Agora traduzo isso tudo para o nojento e asqueroso problema do ASSÉDIO MORAL.

 

Quantos Judas e Cristos existem dentro de um ambiente de trabalho? Quanta maldade endereçada a trabalhadores inocentes que vivem de joelhos para pseudochefões; quantas vidas amarguradas pela crueldade de pessoas egoístas que só prezam o bem estar?  Aproveitam-se das pessoas de boa índole para se promover. São Pragas malditas que exige do trabalhador tudo aquilo que não são capazes de fazer.  Na língua não tem piedade e nem tem noção de caridade ao articular impropérios contra o trabalhador. Recebem e não dão nada em troca; não respeitam e querem ser respeitados. Exemplos que não devem ser seguidos além de serem extirpados como as ervas daninhas.

 

\Se a mim me perseguiram também vos perseguirão a vós… porque não conhecem aquele que me enviou.\ João 15:20-21

 

Agora, como a Semana nos inspira o perdão, a benevolência e a reflexão, deixo aqui duas opções para que o Assediado Moralmente tome uma decisão e opte por uma. – Ou se transforme em um devoto e dê a outra face para que o algoz lhe continue batendo e adote uma convicção bíblica humilde que seja; ou passe por cima daqueles que falam que precisa ter LEI REGULAMENTADA para se defender do Assédio Moral e procure um Promotor de Justiça e denuncie tudo o que fazem com você, pois a justiça pode ser cega, mas com certeza o Promotor Público e o Juiz não são cegos.

 

Boa Páscoa a todos

Johnny Notariano

notarian@usp.br

 

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