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Pantanal

Nair Lúcia de Britto

Quando a Tevê Globo anunciou a estréia da novela “O Pantanal”, numa nova versão, fiquei entusiasmada. Em breve, teríamos um entretenimento  muito agradável! Uma novela criada por um gênio da dramaturgia brasileira: Benedito Ruy Barbosa.

Autor de trabalhos magníficos como por exemplo “Sítio do Picapau Amarelo”, “Cabocla”, “Rei do Gado”, “Sinha Moça”, “Terra Nostra”, “Meu Pedacinho de Chão”, entre outros.

No papel de Jovi, o ator José Jesuita Barbosa Neto. Conforme pesquisei, ele nasceu em Salgueiro (Sertão de Pernambuco). Mudou-se para Fortaleza (Ceará), aos dez anos de idade; quando começou a atuar em grupos de teatro de Escola. O pai dele queria que Jesuita fosse médico ou advogado, mas ele optou pelo Teatro.  

Estreou no Cinema em 2012, atuando em filmes de cineastas pernambucanos; e, em 2014, na TV, na minissérie “Amores Roubados”. Foi o intérprete de “Malasartes” no filme “Pedro Malasartes”, quando se destacou como ator. Mas foi por interpretar Jerônimo Guerreiro, em 2019, na novela “Verão 90”, que recebeu o prêmio de “Melhor Ator”.

Penso que Jesuita Barbosa tem um carisma especial. A postura, a naturalidade, a voz e pincipalmente a personalidade forte dão mais encanto a sua imagem como artista e como pessoa. Por sua vez, Marcos Palmeiras é um ator maravilhoso, já consagrado; e todo  elenco segue seus passos.

Contemplar as lindíssimas paisagens do Pantanal, com seus animais, matas e rios é um colírio para os olhos. São riquezas do nosso Brasil que o mundo todo deve apreciar e concordar que precisam ser valorizadas e preservadas. Mesmo porque a preservação desse tesouro resultará num Bem para todos; agora e futuramente.

Um trabalho brilhante  e muito bem elaborado por toda equipe, verdade seja dita. E, em defesa desse trabalho, é que eu penso que algumas cenas de um erotismo exagerado, que  nada têm a ver com arte, estão empobrecendo  essa bela obra de arte. Mesmo porque elas nem ao menos combinam com a simplicidade e a pureza do sertanejo.

É como aplicar borrões numa linda pintura de um artista renomado.         

Nair Lucia de Britto – Folha

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