Nestor Eduardo Teson, professor da Universidade Estadual de Londrina, é autor do livro Fenomenologia da Homossexualidade Masculina (Edicon, 1989 – Psicologia); e as informações constantes num texto da sua obra são bastante oportunas para a sociedade.
Diz o autor que o termo homossexualidade foi usado pela primeira vez em 1869, num panfleto alemão de autoria desconhecida, para rebater uma lei prussiana que condenava essa prática. Termo esse utilizado, nesse mesmo ano, por um médico húngaro que defendia sua legalização, tendo em vista apenas o caráter científico. Definiu-se também, nessa ocasião, o termo heterossexualidade.
A princípio a homossexualidade foi definida como preferência sexual, contrariando a psiquiatria tradicional que a considerava como uma perversão ou desvio. Mas sob a alegação de uma causa genética, sem chance de preferência, o termo mudou para orientação sexual (fins do século XIX).
Atualmente, orientação sexual diz respeito aos três sexos do ser humano: todos eles saudáveis, normais, naturais e imutáveis:
*heterossexual: pessoas que se sentem atraídas pelo sexo oposto;
*homossexual: pessoas que se sentem atraídas pelo mesmo sexo;
*bissexual: pessoas que se sentem atraídas por ambos os sexos (masculino e feminino), com graus variáveis de intensidade de atração por um ou outro sexo.
O termoPreferência Sexual não se justifica mais, porque através de estudos realizados pela área médica reconheceu-se que a sexualidade não é uma escolha e sim uma característica definida na infância ou até mesmo dentro do útero materno.
Como os heterossexuais abrangem um número maior da população e geralmente são eles que elaboram as leis de comportamento, a tendência é esquecer as duas outras orientações. Aconteceque, mesmo em menor número, essas pessoas são cidadãos que têm deveres iguais aos outros a cumprir. E que, portanto, devem ter também os mesmos direitos.
A sexualidade humana é muito complexa e é muito variável de pessoa para pessoa. Não há como definir a orientação sexual de um bebê, ao nascer. Só o tempo vai mostrar qual será sua orientação sexual. Seja qual for a orientação sexual que o futuro lhe reserva, uma criança precisa ser educada num ambiente saudável e ser cercada de amor.
Fato é que todos precisam sentir-se confortáveis dentro de uma sociedade, sem serem rotulados, descriminados ou julgados. O ideal seria que cada um cumprisse bem seu papel social, policiando o próprio comportamento, em vez de se preocupar com a orientação sexual dos outros.
Querer mudar a orientação sexual de uma pessoa é o mesmo que querer mudar também seus sentimentos e sua real natureza. Impingir-lhe uma culpa que ela não tem é causar-lhe graves danos psicológicos que podem comprometer seriamente sua qualidade de vida.
O que eu acho que deve ficar bem claro é que a perversão é passível às três orientações sexuais existentes. Qualquer pessoa sem educação, sem princípios, que não saiba respeitar o próximo ou a si mesmo, para lidar com a própria sexualidade, pode ser um pervertido. Como é o caso dos estupros e abusos sexuais contra mulheres e crianças.
Quando nascemos não nos cabe escolher escolher a cor dos nossos olhos, a cor da nossa pele, se teremos cabelos lisos ou crespos; ser bonito ou feio; nem tampouco ser homem ou mulher ou hétero ou homossexual. Sejam quais forem as nossas características naturais temos de aceitá-las e respeitá-las e, da mesma forma, em relação às características alheias.
A História conta que na década de 30/40 um ditador alemão resolveu exterminar os judeus por preconceito de raça. Nos filmes e documentários podemos avaliar os horrores daquela época. Infelizmente o passado não pode ser mudado, mas podemos mudar o futuro. Sendo assim, não tem cabimento que, sete décadas passadas, a Paulista, uma das mais belas avenidas da cidade de São Paulo, seja um palco para agressões nascidas do ódio gratuito e do preconceito. A TV Record documentou recentemente um ataque a moradores de rua pelo simples fato da sua condição de pobreza e da cor de sua pele. A intenção era matar da forma mais cruel possível, a julgar pelo armamento pesado que os agressores estavam usando. Felizmente a Polícia interveio e impediu o massacre.
Cada vez mais cultua-se a violência nos filmes (e até novelas) que mostram todo tipo de crueldades possíveis. A Psiquiatria já alertou várias vezes sobre o perigo social e à própria saúde mental decorrentes desse tipo de “cultura”, mas muitos continuam prestigiando-a e, como se vê nos noticiários, e até imitando. Como o poder público poderá restabelecer a paz se a população não colaborar?
O pecado não está nas características físicas ou biológicas de uma pessoa; e, sim, no prejuízo que alguém pode causar ao seu próximo ou à sociedade. Prejuízo que, implacavelmente, está assumindo proporções enormes diante da apologia à violência; do preconceito, do descaso à ética, à educação e à verdadeira moral (não da falsa); e da ausência de uma legislação tanto política como religiosa que acompanhe o progresso científico e cultural.
Avenida Paulista Gilda E. Kluppel Soberana reina no alto da cidade com entardecer inigualável composto de reflexos e cores de tom cinza azulado. Uma estação de brigadeiro vestida de verde aguarda os visitantes muitos trabalhadores apressados alguns robotizados e turistas deslumbrados. Poesia existe em seus contornos e entornos ou no espaço reservado a casa […]
Nair Lúcia de Britto Segundo pesquisa, por uma formalidade da área médica, uma criança não pode ser diagnosticada como psicopata. Por isso a Psicopatia, na infância, costuma ser diagnosticada como um Transtorno de Conduta. Infelizmente a Psicopatia não tem cura, e a criança já nasce com essa desordem cerebral. Trata-se de deformações em uma estrutura cerebral chamada amígdala e que é responsável pelas reações emocionais do ser humano. Em decorrência disso, portadores de Psicopatia não desenvolvem o superego e não conseguem distinguir valores sociais. Ou seja, “não possui a capacidade de simpatizar com as emoções dos outros. São apáticas, dominadas pelo excesso de razão e ausência de emoção.” Genericamente, o que caracteriza uma criança com esse transtorno de conduta são: O hábito de mentir, sem necessidade. Intolerância às frustrações. Desobediência. Maltrato aos animais, colegas de escola e irmãos. Ausência dos sentimentos de culpa ou remorso. Quando são surpreendidas fazendo algo errado não demonstram constrangimento. Desafiam autoridades, como os pais ou professores. Têm uma preocupação excessiva com os próprios interesses. São propensos a culpar os outros por seus erros. Não respeitam regras sociais. Esses exemplos de conduta, porém, não são suficientes para detectar um portador de psicopatia. Só um médico especialista pode fazer com exatidão esse diagnóstico. Mas tais comportamentos não podem ficar despercebidos pelos pais; que, na dúvida devem procurar um especialista. Isto porque, apesar de não ter cura, o problema pode ser amenizado com o tratamento e orientação médica, se for diagnosticado ainda na infância. Esse tratamento é importante porque trata-se de um distúrbio que pode causar um alto grau de destruição ou de agressividade com consequências extremamente prejudiciais à sociedade que tem taxas cada vez mais altas de violência. Durante muito tempo questionou-se o fato de que seria possível que algumas crianças (meninos e meninas) já nasceriam malvados ou se essa malvadeza seria fruto do ambiente em que essas crianças seriam criadas. O neurologista Ricardo de Oliveira Souza respondeu o seguinte: “ É claro que é possível. Existem crianças que já nascem más, e não há nada que se possa fazer para modificar esse comportamento. A psicanalista Júlia Bárány tem opinião semelhante quando diz que os casos de psicopatia surgem desde que o bebê nasce. “Os primeiros sinais se manifestam junto com o desenvolvimento da interação com as pessoas, e o alvo elementar de uma criança psicopata é quase sempre a própria mãe. Ela faz de tudo para irritar a mãe porque tem prazer com isso. Se a criança descobriu que a mãe fica perturbada com alguma coisa específica, ela vai fazer justamente aquilo, para provocar. Ela tem todas as reações de uma criança birrenta, mas, neste caso, não é birra, e sim indício de que não há nenhuma conexão com o outro.” A psicanalista prossegue: “Crianças psicopatas não reagem a castigos. Cometem os erros, e, mesmo depois de receber uma punição por eles, acabam reincidindo ao repetir a mesma falta. Não aprende o que é certo ou errado. Pode até parar de fazer o errado, mas só porque não quer ser castigada de novo, e não porque entendeu a lição.” Outro alerta é que, além do comportamento dentro de casa, os pais devem também ficar atentos à conduta dos filhos na Escola. É normal as traquinagens das crianças, tanto em casa como na Escola, mas verdade é que adultos psicopatas foram crianças complicadas na sua infância. “A única situação em que o diagnóstico da psicopatia infantil pode ser duvidoso é em casos de abuso ou maus tratos. Indícios da doença podem, na verdade, ser uma reprodução de experiências vividas previamente pela criança”, ela explica. “A criança pode imitar o que fizeram com ela. O psiquiatra tem que ter uma atitude quase como de um detetive, vendo com cuidado o histórico da criança na família, se há casos de maldade camuflada ocorrendo.” “Psicopatas só têm emoções ao ver os outros sofrer.” Na década de 60, na Inglaterra, um caso de psicopatia infantil horrorizou a todos que dele tiveram conhecimento. Uma menina de apenas dez anos tirou a vida de um garoto de três anos de idade. A princípio todos pensaram se tratar de um acidente; e o caso só veio à tona quando a mesma menina, um ano depois, tirou a vida de outro garoto de quatro anos de idade. Quando foi descoberta, a menina foi internada numa clínica “Red Bank Special United” para ser tratada do mal que a acometia. Na investigação do caso, soube-se que a menina, que não conheceu o pai, sofreu maltratos terríveis, tendo sido obrigada a se prostituir aos cinco anos de idade. O tratamento na clínica durou cerca de cinco anos; e, pelo que entendi, teve resultados positivos. Mas a transferência, da clínica para uma prisão, ocasionou consequências negativas na conduta da paciente, que chegou a fugir de lá, mas logo foi recapturada. Completou uma pena de doze anos e só saiu da prisão aos 23 anos de idade. Em liberdade, casou-se e teve uma filha. Tornou-se uma mãe amorosa e vive até hoje, no anonimato; única forma que encontrou para se proteger e proteger a filha. Esse caso me fez chegar à conclusão de que um ambiente hostil, em que uma criança seja obrigada a viver, pode lhe causar danos psicológicos gravíssimos; e que o tratamento médico é fundamental. Aqui, no Brasil, os noticiários recentes revelaram que uma menina de nove anos perdeu a vida e o principal suspeito de ter causado essa fatalidade é um menino de doze. Mas neste caso existem muitas dúvidas como, por exemplo, o fato dele ter insistido em se colocar como culpado; quando, segundo minhas pesquisas, na psicopatia infantil o portador nunca assume a culpa de seus erros e procura sempre empurrar a culpa para os outros. Outro dado importante é que não basta só um tipo de conduta para o diagnóstico da psicopatia infantil. Requer vários outros comportamentos estranhos e que a conclusão final só pode ser dada por um clínico especializado. Enfim, o ocorrido deve ser rigorosamente analisado, para que não se corra o risco de uma punição injusta. Vale lembrar também as sábias palavras da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, quando afirma que, em caso de Psicopatia não se pode colocar o portador numa prisão comum e, sim, numa clínica para tratamento. Pois trata-se de pessoas que estão doentes e elas não têm nenhuma culpa disso. Cabe à Medicina se esforçar para descobrir a cura. Por outro lado cabe ao poder público e os meios de comunicação favorecer para uma Educação de qualidade. A violência absurda e o erotismo desnecessário, que se assiste todos os dias, só colaboram para incentivar tantas ocorrências tristes! Nota: “Os avanços tecnológicos permitem medir as respostas cerebrais frente a determinados estímulos e, assim, se poderia identificar traços psicopáticos mediante um estudo chamado tomografia por emissão de pósitrons.”
Nair Lúcia de Britto Até quando a prova da inocência de Dom Aldo Pagotto permanecerá ignorada? Eis aqui, em anexo (leia no fim ao artigo), a cópia do Termo de Declaração da autora da carta difamatória, que confessou que todas as calúnias não passaram de uma covarde e aviltante armação contra o Bispo. Sabe por […]