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Filme “A Flor do Deserto” e ainda outra vez a representação da mulher negra no cinema

Fernanda Gabriela Soares dos Santos[1]

publicado em 03/04/2011 como www.partes.com.br/educacao/flordodeserto.asp

 

Fernanda Gabriela Soares dos Santos Mestre em Educação pelo PPGE/UFSM, professora da FISMA( Faculdade Integrada de Santa Maria). fernandagssantos@yahoo.com.br

No mesmo ano em que o filme “Preciosa – Uma história de Esperança” bate recorde de bilheterias, o cinema nos presenteia com outro filme não menos triste protagonizado por uma mulher negra: A flor do deserto. Filme que se sustenta por uma triste história e que não deixa de ser , assim como Preciosa, uma forma de cinema-denúncia.

         Mostra-nos de forma crua as barbáries ainda hoje cometidas contra mulheres: a protagonista em questão sofreu mutilação genital aos cinco anos de idade. Esse processo consentido pela sua mãe, que possivelmente não teve uma história tão distinta da sua desenhou todo o seu futuro. Ela não quis ser como as outras mulheres de seu país. Assim como Frida Kahlo, em outro contexto, deu-se conta que nasceu para voar…

          A mutilação feminina em alguns países não é novidade, técnica ainda praticada em algumas tribos. Muitas mulheres morrem nesse momento, pois não há nenhum tipo de anestesia ou preocupação com a decisão feminina, normalmente a mutilação é realizada nas mulheres ainda muito jovens. Há veracidade no fato acontecido e só um grande movimento humanitário pode transformar o rumo dessa crueldade.

         A história, ao contrário do que gostaríamos, é baseada em fatos reais.

 

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