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27 DE ABRIL: DIA MUNDIAL DA ANTA

Data chama atenção para a necessidade da conservação em todo o mundo. A INCAB – Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, do IPÊ, conta com o maior e mais completo banco de dados sobre a anta brasileira do mundo
O mundo possui quatro espécies de anta: A anta-da-montanha (Andes), a anta-centro-americana (América Central), a anta-malaia (Sudeste Asiático) e a anta-sul-americana ou brasileira (11 países sul-americanos). Todas elas são listadas como ameaçadas de extinção, segundo a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza). 
As ameaças à sobrevivência dessas espécies inspiraram a criação de um DIA MUNDIAL – 27 de Abril – que celebra a importância das antas para o meio ambiente, e chama a atenção para a urgência de sua conservação.
Na América do Sul, a anta é o maior mamífero terrestre que existe. É considerada também a jardineira das florestas por ser uma excelente dispersora de sementes, contribuindo desta forma para a formação e manutenção da biodiversidade. No Brasil, a espécie ocorre nos biomas Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Amazônia. A Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB), do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, trabalha com pesquisa científica, planejamento de ações conservacionistas, educação ambiental, treinamento e capacitação, turismo científico e comunicação, no intuito de conservar as antas em todo o país. A INCAB possui o maior banco de dados sobre a espécie no mundo, resultado de um trabalho ininterrupto que completa 20 anos de existência em 2016.
“O nosso grande diferencial é a pesquisa científica de longa duração, que é de extrema importância no processo de gerar informações para alimentar e subsidiar o desenvolvimento de ações de conservação realistas e efetivas. Grande parte das informações que utilizávamos anteriormente para avaliar o risco de extinção das antas na natureza provinha de estudos em cativeiro. Atualmente, depois de trabalhos de pesquisa rigorosos na Mata Atlântica, Pantanal e Cerrado, contamos com um banco de dados consolidado com informações de antas em vida selvagem. Podemos, por exemplo, calcular alguns parâmetros reprodutivos da espécie tais como índices de mortalidade de filhotes, intervalos entre nascimentos, com base em nossos resultados de pesquisa”, diz Patrícia Medici, pesquisadora do IPÊ e coordenadora da INCAB.
Apesar de a espécie ser tão importante para o equilíbrio de ecossistemas, no Brasil o nome “anta” possui uma conotação pejorativa – comparando-o a um ser desprovido de inteligência. O que é um enorme erro, segundo a pesquisadora. “A anta tem uma quantidade imensa de neurônios. Há pesquisas que mostram isso. Ao contrário do que dizem, é um animal extremamente inteligente. Usar o nome ‘anta’ como xingamento é completamente injusto. Por isso, em nossas campanhas de sensibilização usamos o slogan ‘anta é elogio’”, defende Patrícia.

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