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Dificuldades e desafios do uso das tecnologias no contexto educacional da escola estadual Predicanda Lopes no estado do Amapá

DIFICULDADES E DESAFIOS DO USO DAS TECNOLOGIAS NO  CONTEXTO EDUCACIONAL DA ESCOLA ESTADUAL PREDICANDA LOPES NO ESTADO DO AMAPÁ

 

Irinéia de Andrade Barleta[1]

 

 

Resumo

Irinéia de Andrade Barleta -Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia. E-mail: irineiabarleta@bol.com.br

O objetivo do artigo é analisar em uma Escola da cidade de Macapá-AP, as dificuldades e desafios do uso das tecnologias no contexto educacional, onde se observou que ainda existe uma forte resistência pelos professores, quanto ao uso dessas tecnologias como recurso pedagógico, por não se acharem preparados para esta nova metodologia de ensino. Pretende-se ainda analisar como estão disponíveis esses recursos na escola estadual Predicanda Lopes.

Palavras-chaves: Educação, Tecnologia, Aprendizado, Dificuldade.

 

 

ABSTRACT

The objective of this article is to analyze the difficulties and challenges of the use of technologies in the educational context, in a School of the city of Macapá-AP, where it was observed that there is still strong resistance by teachers regarding the use of these technologies as a pedagogical resource. are not prepared for this new teaching methodology. It also intends to analyze how these resources are available at the state school Predicanda Lopes.

Key-words: Education. Technology. Learning. Difficulty.

Introdução

A educação tem passado por grande processo de mudanças de ordem sócio-político-cultural que buscam ajustar às necessidades da sociedade através de um novo processo para dinamizar o fazer pedagógico junto as tecnologias. Diante disso, é necessário acompanhar as novas tendências educacionais, que vem sendo impulsionadas nas práticas pedagógicas pelo uso das tecnologias presentes há algum tempo no contexto educacional.

Discutir e problematizar questões referentes à mídia e educação, na atualidade representa o esforço em compreender as mudanças em curso nessa área do conhecimento, onde o uso dessas tecnologias no contexto educacional requer práticas que envolvam novas possibilidades de ensino aprendizagem, através de processos criativos e interações múltiplas, para que os educandos tenham maior compreensão das informações que lhes são transmitidas nos ambientes virtuais de ensino.

Nessa vertente, a proposta de pesquisa visa analisar entrevista realizada com professores das séries iniciais do ensino fundamental I, na escola estadual Predicanda C.A. Lopes, na cidade de Macapá-AP, para fazer um levantamento acerca da área de conhecimento sobre o uso dessas tecnologias no contexto escolar.

 Metodologia                                           

O método de pesquisa desse trabalho foi a entrevista semiestruturada, onde foram elaboradas cinco perguntas, para quatro professores do ensino fundamental I, sendo dois do 1º ano (1º A e 1º B) e dois do 2º ano (2º C e 2º D). Esse tipo de entrevista semiestruturada é mais espontânea do que a entrevista estruturada, o entrevistador tem um conjunto de questões predefinidas, mais tem liberdade para colocar outras perguntas cujo interesse surja no decorrer da entrevista.

Triviños (2008) destaca que o tipo de entrevista mais adequado para a pesquisa qualitativa aproxima-se dos esquemas mais livres, menos estruturados, em que não há imposição de uma ordem rígida de questões. Já para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com um universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.

Análise dos dados coletados

Os novos recursos tecnológicos permitem que o professor perceba sua realidade, expectativas e interesse em utilizar essas tecnologias em sala de aula, percebendo a dinâmica dessa ferramenta de ensino, pois para se obter efeitos positivos o uso tem que ser continuo e não raramente, faz-se necessário a integração da tecnologia na cultura escolar, em conjunto a um bom planejamento para a utilização desse recurso pedagógico.

Portanto, conforme respostas dos professores percebe-se a pouca utilização desses recursos tecnológicos na referida escola, em virtude de vários fatores que impedem de se realizar essas atividades como recurso pedagógico, onde verificamos que os professores ainda têm uma resistência quanto ao uso das tecnologias, por não se acharem preparados para esta nova metodologia de ensino, por consequência de sua formação que não favoreceu a utilização desse recurso.

Para Frigotto (1996), um desafio a enfrentar hoje na formação do educador é a questão da formação teórica e epistemológica. Outro ponto comum entre as respostas se refere a estrutura da escola para a inclusão digital, uma vez que os equipamentos encontram-se em precárias condições de uso por falta de manutenção e, com isso, as dificuldades de acesso pelos alunos, pois o número de equipamentos (computador) é menor ao número de alunos. Fazendo com que essa utilização seja raramente utilizada e muitas das vezes como passa tempo, é preciso evitar o uso indiscriminado das tecnologias, sem planejamento adequado para essa nova metodologia, onde nas respostas ficam claras as ausências de curso de formação continuada pela escola e quando acontecem esses cursos são destinados aos profissionais que não estão atuando em sala de aula. E ainda segundo depoimento dos professores se refere ao espaço que muitas vezes são utilizados para outros eventos e, assim, dificulta o acesso pelos educandos, desestimulando alunos e professores.

Para Menezes;

Não se pode cobrar um bom desempenho das escolas se elas estiverem décadas atrás do que já se tornou trivial nas práticas sociais, e isto é uma realidade, pois há escolas com salas de informática onde a estrutura física aparentemente sustenta a ideia de escola munida de tecnologias, porém não há apropriação das mesmas, o que acaba tornando o uso obsoleto, uma vez que os professores muitas vezes não estão capacitados para utilizar estas tecnologias. (MENEZES 2010, p.122).

Percebe-se que os desafios não estão advindos somente da formação do professor, mais de mudanças de uma nova configuração educacional que inclua novos espaços, ocorrendo inovações na escola enquanto ambiente de integração dessas tecnologias de ensino.

Considerações finais

Diante do desafio de melhor atender e situar os ambientes e aparelhos digitais nas escolas, como um importante instrumento pedagógico, faz-se necessário a emancipação da formação dos educadores, como forma de adaptação ao uso dessas novas tendências de ensino que se encontram dentro e fora do ambiente escolar e acessível aos alunos, bem como a reorganização e estrutura física da escola, pois a escola tem papel fundamental nesse processo de aquisição de novo modelo de aprendizagem, onde precisa oferecer um ambiente prazeroso aos educandos.

Sabe-se que a dinâmica do ensinar e aprender no século XXI é um processo de constante aprendizado e busca de informação para conhecer e utilizar as ferramentas tecnológicas de maneira significativa no espaço de aprendizado. Porém essa construção só será possível a partir do momento em que houver professores comprometidos com a mudança e atuação desse processo.

O comodismo tem destruídos centenas de ideias e arruinado ações que poderiam reforçar e aprimorar o desenvolvimento tanto do aluno quanto do professor no uso de tecnologias favoráveis ao processo de aprendizagem. É preciso que não se tenha tantas resistências para conhecer e usar essas ferramentas no cotidiano de escola e da sociedade como um todo.

Referências

JENKINS, Henry. Cultura da Convergência: a colisão entre os velhos e novos meios de comunicação. São Paulo: Aleph, 2009.

PRETTO, Nelson De Luca e Assis, Alessandra. Cultura digital e educação:  redes já! In. Pretto, Nelson De Luca. Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder/ Nelson De Luca Pretto, Sérgio Amadeu da Silveira: organizadores. – Salvador: EDUFBA, 2008.

SODRÉ, Muniz. O ethos midiatizados. In: Antropológica do Espelho. Por uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

hptt:// www.anped.org.br

BELLONI,M.L. O que é mídia-educação. Campinas: Autores Associados, 2001 a.

MINAYO, M.C.S (org.) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2001.

TRIVINÕS, A.N da S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 2008.

[1]                                             Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia. E-mail: irineiabarleta@bol.com.br

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