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DOM ALDO DI CILLO PAGOTTO E A WIKIPÉDIA

CARTA ABERTA

Ciente de que a Wikipédia é um projeto de enciclopédia multilíngue cuja missão é  coletar e desenvolver conteúdo educacional, domínio público,  para dissiminá-lo globalmente; desde 2001, tornando-se a maior e mais popular obra de referência geral na Internet; e uma importante ferramenta de pesquisa utilizada por estudantes, publicitários, sociólogos, pedagogos, jornalistas, e visitantes em geral; venho, na intenção de colaborar com esse projeto, expor o seguinte:

No conteúdo que se refere ao saudoso Bispo Emérito da Paraíba, DOM ALDO DI CILLO PAGOTTO, existem postagens que, a bem da verdade,  respeitosamente, solicito sejam corrigidas.

Dom Aldo sofreu vários ataques de ordem pessoal, por suas ideias democráticas e mais avançadas, as quais que não foram bem-vindas e nem compreendidas.

DEPOIMENTOS

Em abril de 2002, Dom Aldo foi acusado de coagir adolescentes a mudarem seus depoimentos sobre o caso do Frei Luis Sebastião Tomás, que estava sendo processado por desrespeito a 21 meninas, no interior cearense. Dom Aldo defendeu-se durante uma entrevista ao Portal Correio, no programa “Imprenssado”, veiculada pelo You-Tube, 10 anos atrás. O Bispo explicou à reportagem que foi apenas conversar com as meninas, e suas respectivas mães para lhes prestar solidariedade e orientá-las de como se defenderem. Ao que se seguiu uma missa comovente. “ E que história é essa de dizerem que o senhor não gosta de pobres?” Dom Aldo respondeu: “São muitas as histórias (boatos) de que eu não gosto de pobres, pelo fato de que sou contra a invasão de Terras.”

PROCESSO

O Processo instaurado contra Dom Aldo teve origem numa carta difamatória, supostamente assinada por Maria José Araújo da Silva. Em entrevista à revista “Veja” Dom Aldo revelou ter sido chamado à Brasília a fim de conversar  com o Núncio apostólico. Na ocasião, ele nem sabia o motivo pelo qual estava sendo processado. Quis ver o processo, o que lhe foi negado. E que pediu sua Renúncia, contra sua vontade, em obediência ao solicitado pelo Papa. “É o melhor para você e para a Igreja, disse o Núncio.”

Em 6 de junho de 2016 o Papa Francisco aceitou oficialmente o pedido de Renúncia.

Em 8 de novembro de 2017, em nota oficial, o TRT/PB emitiu homologação da sentença referente ao Processo. Dom Aldo e mais cinco padres. Foi postado na Ikipédia que o Proccesso foi arquivado por falta de provas; depois, por prescrição, devido o tempo decorrido

PROVA DA INOCÊNCIA

Ficou provado que  Dom Aldo era inocente dia 20 de agosto de 2015, mediante um  TERMO DE DECLARAÇÃO, junto à Delegacia Distrital da Capital, em João Pessoa, na presença do Bel Delegado de Polícia Civil responsável; no qual suposta autora da carta difamatória confessou que a assinatura era dela, mas que fora coagida a assiná-la. Que não sabia de nada que pudesse desaboná-lo, nem da sua vida pessoal. Que tiraram proveito do seu pouco estudo e da sua ingenuidade, para usá-la em uma armação para derrubar o Bispo do seu cargo. 

O mais surpreendente é que o Termo de Declaração em 2015, inocentando Dom Aldo, antecedeu às datas da RENÚNCIA (2016) e da HOMOLOGAÇÃO da Sentença, em 2017. O documento dessa prova foi tão bem resguardado; que eu presumo que o Papa não chegou a tomar ciência; nem a IMPRENSA, nem a WIKIPÉDIA e nem o próprio Dom Aldo. Em decorrência disso, a imagem dele ficou manchada, inclusive internacionalmente. Seu único erro foi pelo excesso de misericórdia quando aceitou o pedido de ajuda de padres já expulsos da Igreja, com a única intenção de lhes dar uma nova chance de se retratarem, ele reconheceu  junto a “Veja”. “Acolhi uma cobra para me picar!”, desabafou.  

Basta de injustiças junto às pessoas que trabalham pelo Bem e, por causa disso, sejam destruídas por aqueles que querem impedir o progresso do nosso amado Brasil.

Grata pela atenção

Nair Lúcia de Britto

Jornalista.

Nair Lucia de Britto – Folha

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