Espiritualidade

COMO SE VIVE NO ASTRAL?

Zíbia Gasparetto

Prefácio:
Numa tarde dessas, eu estava lendo um dos livros que a Zibia Gasparetto me deu de presente, quando senti um impulso para escrever. Peguei uma folha de papel em branco e escrevi:

Zíbia,

Você quer falar comigo?

A resposta foi imediata:

Sim, sim, caríssima Nair. Que bom que você me atendeu. Eu lembro de você, você comentou meus livros e agora assiste a mim e aos meus filhos (referiu-se aos vídeos).

Queria te agradecer a sua atenção. E te dizer que serei também um dos seus anjos-da-guarda a te proteger e velar por você. Se precisar de alguma orientação estou a sua disposição, querida. É isso. Tenha um ótimo dia.

Fiquei emocionada e, hoje, em sua homenagem escrevo um dos seus artigos “Como se vive no Astral?,  publicado no seu livro “Conversando com Você”.

Como se vive no Astral?

Que ideia você faz do mundo astral? Pensa que quando deixamos nosso corpo de carne nos tornamos seres etéreos, sem consistência, algo vago como uma fumaça? Acredita que nós. Uma vez, sejamos obrigatoriamente bem-comportados, segundo a moral das religiões da Terra? Que, quando chegarmos, alguém com poderes de juiz vai nos receber e determinar, segundo nossas ações, o lugar onde devemos ficar? 

Muitos pensam assim porque:– os espíritos não podem ser vistos a não ser pelos videntes;– em algumas aparições eles estavam transparentes;
– eles atravessam com facilidade  nossas paredes.

Como nós não podemos fazer isso, julgamos que eles detenham fantásticos poderes. Nos incomoda saber que eles podem invadir nossa privacidade, intervir em nossas vidas sem que possamos impedir. E por mais que um parente nosso seja amado, ninguém gostaria de vê-lo depois de “morto”. Ninguém quer ver Espíritos.

Eles tentam desfazer essas impressões contando como é o mundo onde vivem. Há muitos livros sobre esse assunto e meu amigo Silveira Sampaio adora contar o que acontece lá, no mundo onde ele vive, agora.

Naquela dimensão tudo é sólido para eles, o corpo, os objetos, igual aqui. Há cidades, estações do ano, céu, terra, tudo. Sociedade organizada, com algumas diferenças. A hierarquia, por exemplo, é natural porque quem é mais espiritualizado exerce um poder energético irresistível sobre quem o é menos. As pessoas se unem pela afinidade e por isso os grupos são bem definidos, o que não ocorre no nosso mundo, onde mesclam pessoas de vários níveis de espiritualidade.

Lá, as pessoas que desejam o bem se unem para ajudar-se mutuamente e prestar serviços onde for preciso, inclusive aos que sofrem na Terra. As que são mais revoltadas, justiceiras, fanáticas se juntam e tentam conseguir o que pretendem. São elas que tumultuam a vida das pessoas daqui, pretendendo vingar-se, tomando as dores de seus entes queridos, tentando fazer justiça com as próprias mãos, acirrando discussões e desarmonia.

Depois daquela briga, você nunca mais se sentiu bem? Depois que tomou partido e discutiu acaloradamente em defesa de alguma correntte de opinião, você tem tido tonturas, sonolência, raiva, insônia. As coisas vão mal em casa, você fala uma coisa e as pessoas entendem outra? As crianças andam irritadas, chorando com medo, brigando mais do que o natural? É possível que, com alguma atitude sua, você tenha desagradado um grupo astral que resolveu tomar as dores  do outro lado e esteja jogando energias negativas em você.

– Como? – você vai dizer – Eu sou pessoa religiosa. Rezo todos os dias, tenho fé em Deus, vou à Igreja. E minha proteção?    

Na verdade, embora tudo isso a fortaleça espiritualmente, sua proteção é você que faz. Não adianta você desequilibrar-se, agir de forma negativa, baixar sua energia e depois ir rezar, pedir proteção e ajuda. Nenhum mentor espiritual poderá fazer isso porque sua atitude revela uma falta de conhecimento dos valores verdadeiros da alma. Cada um precisa assumir o resultado de suas atitudes para poder amadurecer.

Não podemos esquecer a Lei da Sintonia. Você já reparou que mesmo aqui, no mundo, onde há vários níveis de comportamento, as pessoas se unem por afinidades? Por isso ninguém é “vítima” e cada um é responsável pelo que lhe acontece.

Para os que pensam no Bem, a vida no mundo astral é maravilhosa. Os artistas, escritores, os cientistas, todos continuam seguindo adiante em suas conquistas e aprendizagem. Os sentimentos são mais profundos e ampliados; a beleza, a harmonia são mais intensas. Há amor, fraternidade, dedicação, sinceridade.

Você não gostaria de viver num mundo assim? Se tem essa intenção, é melhor começar desde agora a perceber o que vai por seu coração.

A nossa energia reflete sempre o que o coração sente. E é ela que vai determinar o lugar astral para onde você deverá ir quando seu corpo de carne morrer. Naquela hora não haverá ninguém para julgar suas atitudes a não ser você. Pensando bem, não seria melhor deixar o negativismo e começar a cultivar o Bem desde já?

Teu padrão de energias é que vai determinar o lugar para onde você irá quando seu corpo de carne morrer.

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