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Sistema Único de Saúde brasileiro: compreensões e produção de charges de alunos do Ensino Médio

Sistema Único de Saúde brasileiro: compreensões e produção de charges de alunos do Ensino Médio

Suliane Fátima Martins*

Francely Priscila Costa e Silva**

Resumo: O artigo apresenta as compreensões dos estudantes do 1° ano do ensino médio de uma escola pública sobre o SUS – Sistema Único de Saúde. Após a realização de atividades com metodologias diferenciadas, os estudantes realizaram charges nas quais apresentaram suas compreensões sobre a temática. A pesquisa foi desenvolvida dentro do âmbito da disciplina de Práticas Comunicativas e Criativas, a qual é fruto da reformulação do ensino médio brasileiro.

Palavras-chave: Sistema Único de Saúde. SUS. Ensino Médio. Charge.

Abstract: The article presents the understanding of 1st year high school students from a public school about the Brazilian unified health system, SUS. After performing activities with different methodologies, the students developed cartoons in which they presented their understanding about the theme. The research was developed within the scope of the discipline of Communicative and Creative Practices, which is the result of the reformulation of Brazilian high school.

Keywords: Unified Health System. SUS. High school. Cartoon.

Introdução

Segundo a Constituição brasileira, a saúde é direito dos cidadãos e dever do Estado (BRASIL, 1988). O acesso aos serviços que promovam a saúde deve ser universal e igualitário (BRASIL, 1988). Importante ressaltar que a noção de saúde como direito que se presencia hoje é fruto de lutas sociais e políticas, além de mudanças de políticas públicas que aconteceram ao longo do século passado (LOZZO, BIANCO, 2008). A reestruturação sanitária estava associada à democracia, pois partia da ideia de saúde para todos, por meio de políticas públicas com ideais de responsabilidade do Estado pela saúde de seus cidadãos e do acesso universal destes últimos à saúde. Aliado ao desafio de políticas públicas para as maiorias, era necessário melhorar a eficiência da máquina administrativa e o déficit social acumulado (PAULICS; BAVA, 2002).  Dessa forma, foi construído um projeto de sistema de saúde que daria origem ao Sistema Único de Saúde – SUS, integrando os três níveis, municipal, estadual e federal, ou seja, pondo fim à centralização e ao modelo vigente.

O SUS engloba todos os serviços de saúde ofertados por órgãos públicos federais, estaduais e municipais, por instituições mantidas pelo Poder Público e por administrações diretas e indiretas. O setor privado pode participar, mas de forma complementar.

Uma grande parcela da população do Brasil utiliza o SUS de alguma forma ou até mesmo utiliza algum recurso, mesmo possuindo planos de saúde privados, que não são cobertos por eles (LOZZO, BIANCO, 2008).  Dessa forma, entender a organização da saúde do seu município é necessário ao cidadão, visto que muitas vezes, a falta de acesso a saúde de qualidade não deriva da falta de recursos, mas da falta de informações (LOZZO; BIANCO, 2008). Essa falta de informações, a dependência em relação às cidades maiores por causa da concentração de serviços, por exemplo, serviços de alta tecnologia e a carência de cidades menores, que são dependentes de pólos regionais, geram reclamações pelas pessoas que esperam em longas filas por um atendimento de saúde. LOZZO, BIANCO (2008) desenvolveram uma pesquisa com estudantes do ensino fundamental com o objetivo de analisar o conhecimento dos estudantes sobre o SUS antes e após o desenvolvimento de atividades.

O Ensino Médio, última etapa da Educação Básica, foi alvo de mais uma reforma no Governo Michel Temer (2016–2018), logo após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Essa reforma trouxe alterações na organização do Ensino Médio, com a implantação de um currículo flexível, composto por uma etapa geral com carga horária de 1.800 horas, que deve responder à Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (BNCCEM), e o restante distribuído por cinco itinerários formativos, a serem implantados de acordo com a disponibilidade orçamentária das unidades escolares e de sua infraestrutura.

Dentre as novas disciplinas a que os estudantes têm acesso no Ensino Médio, a disciplina Práticas Comunicativas e Criativas é uma delas, na qual os estudantes estudam a respeito da Saúde Integral, abordando a temática do SUS, portanto, despertou-se interesse pela relação dos estudantes com esse tema.

O objetivo deste estudo é analisar a compreensão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) dos estudantes do primeiro ano do ensino médio de uma escola pública por meio de uma atividade de charge.  Houve o desenvolvimento de diversas atividades com os estudantes, como roda de conversa sobre seus conhecimentos prévios sobre saúde e o SUS; atividades sobre os Princípios e Diretrizes do SUS – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher; através de aula expositiva, vídeo e texto foi trabalhado as Redes de Atenção à Saúde- RAS; e, por fim, foram analisados os principais problemas enfrentados pelo SUS no país, através de texto explicativo e produção e análise de charges críticas.

A ementa que rege o componente curricular: Práticas Comunicativas e Criativas, objetivando a formação integral do cidadão, organiza, de forma curricular, o componente curricular trazendo a premissa, tal como os demais componentes, de que para o planejamento das aulas do Itinerário Formativo há três princípios básicos: eletividade – que permite o protagonismo do estudante, o aprofundamento – que propicia que os conteúdos da Base sejam estudados a partir de diferentes perspectivas e a pesquisa – que desenvolve o pensamento crítico e investigativo.

Assim, o componente curricular Práticas Comunicativas e Criativas objetiva implementar e fomentar o processo comunicativo e criativo como parte essencial do desenvolvimento do estudante. De forma que o 1° ano do Ensino Médio abordará como temática a Saúde Integral, pois se trata de um tema contemporâneo transversal, o que poderá instrumentalizar os estudantes para um maior entendimento da saúde pública na sociedade em que vivem.

Metodologia

Sequência didática

Fase de início

Para introduzir o assunto aos estudantes, fez-se uma roda de conversa, na qual eles expuseram seus conhecimentos prévios acerca da saúde e do Sistema Único de Saúde brasileiro, os alunos puderam expor e comentar sobre o tema.

Atividade 01-

O início da atividade se deu a partir da leitura e interpretação do texto: “SUS- Sistema Único de Saúde”, sendo que, tanto o texto como as perguntas, se encontram disponíveis no blog da professora Jaqueline- “Armazém de textos”. Dois horários de cinquenta minutos cada foram disponibilizados para essa etapa, na qual buscou-se despertar nos discentes a consciência da importância do SUS na vida de todo brasileiro, encerrando-se com a correção e comentário acerca das perguntas acima.

Fase de desenvolvimento

Atividade 02-

Aproveitando o mês de março, estudou-se os Princípios e Diretrizes do SUS – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, um documento que foi dividido em oito partes, assim como também os estudantes. Com os grupos formados, aconteceu o momento da leitura, em que todos leram a parte destinada ao seu grupo e fizeram anotações das partes mais relevantes do documento, isso em uma aula de cinquenta minutos.

A próxima aula teve como objetivo a organização das informações coletadas, a fim de prepararem uma apresentação oral da parte que lhes foi destinada, de forma que o documento fosse, de forma integral, de conhecimento de todos os estudantes. A aula seguinte, também de cinquenta minutos, foi reservada para as apresentações orais, de acordo com a sequência que os temas foram aparecendo no documento e com o comentário de cada grupo para o questionamento: Qual a importância de documentos reguladores, como o lido e apresentado em aula, para a mulher brasileira e para que é preciso debater sobre essa temática?

Essa atividade foi finalizada com a apresentação oral de cada grupo, o que utilizou-se de mais uma aula.

Atividade 03-

Para falar sobre as Redes de Atenção à Saúde- RAS, a atividade iniciou-se com uma explanação oral da professora, seguida pela veiculação do vídeo: “O que é a atenção primária, secundária e terciária à Saúde?”, da Luisa Portugal, disponível no YouTube, o qual veio a complementar a explicação. Então aconteceu a interpretação do texto: “Entenda quais são os níveis de atenção à saúde do SUS”, publicado por Redação Hygia, a qual perpassou por questões elaboradas pela professora e foi corrigida, individualmente, no caderno de Práticas Comunicativas e Criativas.

Encerramento

Atividade 04

Para finalizar o trabalho, o foco foram os principais problemas enfrentados pelo SUS no país: a falta de estrutura, de medicamentos, de demanda e formação de profissionais especializados, as longas filas de espera, dentre vários outros foram estudados pelos alunos através de um texto explicativo com questões de interpretação, além de análise e produção de charges críticas, as quais destacaram esses graves problemas.

O texto que embasou o estudo se encontra no site Uol Notícias e tem como título: “Falta de médicos e de remédios: 10 grandes problemas da saúde brasileira”, sendo nele discutidos os maiores problemas enfrentados pela saúde no país. E tendo como intertextualidade as seguintes charges:

Caixa de Texto: Imagem 1

Disponível em: https://redehumanizasus.net/90656-a-cultura-do-sus/

Caixa de Texto: Imagem 2

Disponível em: https://www.abdib.org.br/2020/07/07/o-que-o-setor-privado-pode-fazer-pela-infraestrutura-da-saude/ 

De posse dos três textos, os estudantes refletiram sobre questões elaboradas pela professora acerca da temática das charges aqui apresentadas.

A finalização dessa etapa, que utilizou-se de mais dois horários, se deu a partir da confecção de charges, seguindo o enunciado:

* Escolham um dos problemas enfrentados pelos SUS apresentados pelo texto verbal e pelos não verbais, peçam ajuda à professora de língua portuguesa quanto às características do gênero textual e, em seguida, coloquem criatividade na produção de uma charge autoral que aborde o problema escolhido.

Resultados

Análise das charges

Os estudantes apresentaram mais dificuldade em produzir as charges do que em entender as que lhes foram apresentadas. Compreenderam os problemas enfrentados pelos SUS, mas tiveram obstáculos em unir a linguagem verbal e a não verbal a fim de transmitirem a intencionalidade crítica que, geralmente, o gênero textual “charge” requer. Assim, buscaram inspiração na internet tanto na organização temática como para traços da linguagem não verbal.

O presente trabalho elencou cinco produções a serem apresentadas e comentadas aqui sob os nomes de: Aluno A, Aluno B, Aluno C, Aluno D e Aluno E.

Aluno A

O aluno A abordou o problema da falta da falta de médicos, a formação em medicina ainda é muito cara no país e não atende à demanda da população. Na charge é perceptível o transtorno para os usuários do SUS, que muitas vezes precisam esperar por muito tempo para terem um atendimento, o que ocasiona grandes filas e até a desistência ou inexistência do atendimento.

Ao lado direito da produção, duas pessoas, provavelmente da recepção – visto que um dos usuários se refere a ela, preocupadas em solucionar o problema questionando-se sobre médicos. Percebe-se a falta de uma melhor definição dos espaços onde as personagens se encontram, a fim de melhor compreensão da linguagem verbal e mensagem do texto.

Disponível no caderno de Práticas Comunicativas e Criativas do aluno.

Aluno B

A charge do aluno B, novamente, demonstra a falta ou quantidade suficiente de profissionais qualificados ao atendimento dos pacientes, visto que vislumbra-se alguém que precisa de atendimento, mas se encontra sozinho. O ambulatório em si presta serviços de menor complexidade e que não oferecem risco à vida do indivíduo e, dependendo da necessidade da personagem, o lugar para atendimento nem seria aquele. É possível perceber ainda que o armário de medicamentos e insumos, à esquerda do texto, está quase vazio, o que denota outro problema grave que é a falta de medicamentos, estrutura e insumos para um atendimento com mais qualidade e humanização. A estrutura do local vem fortalecer o problema apresentado, visto que o ambulatório retratado é um lugar simples e com poucos recursos materiais e humanos (profissionais).

Disponível no caderno de Práticas Comunicativas e Criativas do aluno.

Aluno C

Foi retratada a demora no atendimento da população, o que acarreta a formação de grandes filas. Na correria do dia a dia, ficar doente e precisar de atendimento no SUS é mais um transtorno para os usuários, que muitas vezes perdem a paciência e desistem do atendimento, ou pior, reagem de forma agressiva com aqueles que, muitas vezes não têm culpa, da demora.

A charge mostra ainda a falta de um lugar adequado para espera dos pacientes e a utilização das cores também chama a atenção, visto que o vermelho –  representado na cruz – simboliza a proteção que o Direito Internacional confere aos doentes e feridos, além de fazer alusão ao sangue humano. E o azul, nas paredes do hospital, oposto ao vermelho quando se fala em cores, facilita e contribui para melhor visão dos médicos e enfermeiros na hora do procedimento, além de conferir a sensação de alívio, calma e tranquilidade durante os procedimentos, aliviando as tensões.

Disponível no caderno de Práticas Comunicativas e Criativas do aluno.

Aluno D

A falta de leitos é abordada na charge do aluno D, com a representação da unidade de saúde com todos os leitos disponíveis ocupados e o desespero do médico responsável ao ser informado da necessidade de internação de mais um paciente. Percebe-se a falta de uma melhor representação/delimitação dos espaços em que as personagens se encontram, bem como a necessidade de um cuidado maior com a situação, visto que o enfermeiro que dá a notícia da internação foi retratado sorrindo.

Disponível no caderno de Práticas Comunicativas e Criativas do aluno.

Aluno E

Encerrando as análises, tem-se o trabalho do aluno E, o qual aborda dois problemas: as grandes filas para atendimento e a falta de medicamentos, dois contratempos que impactam diretamente o usuário do Sistema Único de Saúde. Uma melhor distribuição de recursos e maiores investimentos na atenção primária de atendimento poderiam amenizar os impactos desses problemas na vida do brasileiro. A charge demonstrou ainda conhecimento quanto à escolha da cor do profissional de saúde, mas também se mostrou carente quanto a caracterização dos ambientes que as personagens se encontram.

Caixa de Texto: Imagem 7

Disponível no caderno de Práticas Comunicativas e Criativas do aluno.

Considerações finais

Ao longo do primeiro semestre de 2022, os estudantes conheceram a história, evolução e estruturação do sistema de saúde brasileiro; entenderam mais sobre a distribuição dos recursos financeiros, sobre os níveis de atenção: primário, secundário e terciário de atendimento, além das ações de saúde desenvolvidas nas escolas. O estudo foi finalizado com o conhecimento e debate acerca dos maiores problemas enfrentados pelo SUS, o que levou à produção de charges autorais.

A demora ou total falta de atendimento às demandas da saúde – o que contribui para que as filas de espera sejam, consideravelmente, grandes; seguida pela falta de profissionais qualificados, medicamentos e leitos suficientes para atendimento aos pacientes, foram, na visão dos estudantes, os maiores problemas enfrentados pelo SUS, com impacto direto na qualidade de vida dos brasileiros.

Todos os problemas citados são encarados pelos discentes como irresponsabilidade da parte do governo, consciência já demonstrada previamente às aulas da disciplina Práticas Comunicativas e Criativas.

Portanto, pode-se concluir que os estudantes conseguiram retratar nas charges, através de sua criatividade, de suas pesquisas e tendo como base as atividades desenvolvidas em sala de aula, todo o processo de construção da temática sobre o SUS, culminando num processo de construção de uma educação verdadeiramente integral, que objetiva o conhecimento, mas também a formação cidadã.

Referências bibliográficas

BLOG ARMAZÉM DO TEXTO. SUS- Sistema Único de Saúde. 29 de outubro de 2017. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2017/10/texto-sus-sistema-unico-de-saude-com.html Acesso em: 21 de jul. de 2022.

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HYGIA, Redação. Entenda quais são os níveis de atenção à saúde do SUS. 30 de novembro de 2018. Disponível em: https://blog.hygia.com.br/niveis-de-atencao-a-saude/#:~:text=S%C3%A3o%20tr%C3%AAs%20os%20n%C3%ADveis%20de,manter%20a%20sa%C3%BAde%20dos%20cidad%C3%A3os.

LOZZO, Claudia I.A.; BIANCO, Maria Helena B. C. O sistema único de saúde (SUS) no ensino fundamental: um estudo. Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde,Ponta Grossa, v.14, n.2, p. 13-22, jun. 2008. 

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Caderno Pedagógico Itinerário Formativo – Orientações para o 1° ano Novo ensino médio.2022.

PAULICS, Veronika; BAVA, Silvio Caccia. Em busca do conhecimento e da afirmação da cidadania. São Paulo em Perspectiva,São Paulo, v.16, n.3, p. 48-53, Jul-Set 2002.

SILVA, Francely Priscila Costa e. A reforma do Ensino Médio no governo Michel Temer (2016 – 2018). Belo Horizonte. 2019. 115 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais.

UOL NOTÍCIAS. Falta de médicos e de remédios: 10 grandes problemas da saúde brasileira. 09/05/2018. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/listas/falta-medico-e-dinheiro-10-grandes-problemas-da-saude-no-brasil.htm#:~:text=Falta%20de%20m%C3%A9dicos%20e%20de%20rem%C3%A9dios%3A%2010%20grandes%20problemas%20da%20sa%C3%BAde%20brasileira,-Corredor%20de%20emerg%C3%AAncia&text=Faltam%20m%C3%A9dicos%20e%20rem%C3%A9dios%20no,para%20diversas%20doen%C3%A7as%20e%20exames.

Vídeo no YouTube. PORTUGAL, Luisa. O que é a atenção primária, secundária e terciária à saúde? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=I2p4h2Qd20o&t=6s

Como publicar na Revista Virtual P@rtes: MARTINS; SILVA. Sistema Único de Saúde brasileiro: compreensões e produção de charges de alunos do Ensino Médio. Revista Virtual P@rtes.2022.

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