Cultura Poesias

CONSCIÊNCIA NEGRA –II

 

Nair Lúcia de Britto

 

Caríssimos Negros

Filhos de Deus, Nosso Pai

A cor da pele negra é sinal

De grande força

E de um valor descomunal

Que alguns brancos não enxergam

Porque são cegos

Pelo preconceito aviltante

 

As almas desvalidas desses brancos

Desfanecem num instante

A beleza exterior desaparece

Daquele que se esquece

De respeitar as diferenças

 

A pele branca não reflete

Nenhuma supremacia

Se houver maldade ou malícia

Manchando o interior

Seu pecado principal

É não saber amar e valorizar

Os irmãos negros

Que tantas vezes lhes deu força

Para construir um mundo melhor

E mais brilhante

 

Negros bem-aventurados

Não mirem com seus olhos

Essas almas doentes

Olhem para aqueles brancos

Que te dão o valor bem merecido

Que te olham e te acolhem

Como um verdadeiro irmão!

 

 

Arte: Theodore Géricault

Le Portrait d’um Noir

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